Lucas Bassi | REDE CÂMARA SP Seguindo o cronograma de trabalho definido pelas lideranças partidárias da Câmara Municipal de São Paulo, a Sessão Plenária desta quinta-feira (22/5) foi dividida em duas atividades. Na primeira parte, abriu-se espaço para os vereadores se manifestarem sobre assuntos de livre escolha por até cinco minutos. Já na outra etapa, os parlamentares analisaram a manutenção de projetos vetados pela Prefeitura entre 2006 e 2024.
Também por acordo entre os líderes dos partidos do Legislativo paulistano, as sessões das quintas-feiras estão sendo presididas pelas mulheres. Nesta tarde, o Plenário foi conduzido pela vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL).
Rita Lee
Nesta quinta-feira, 22 de maio, é comemorado na capital paulista o Dia de Rita Lee. A data faz parte do Calendário de Eventos da Cidade de São Paulo. A iniciativa, prevista na Lei n° 18.151/2024, foi aprovada pela Câmara Municipal de São Paulo. À época da votação, em junho do ano passado, a proposta foi apresentada pelo vereador Celso Giannazi (PSOL). Rita Lee (1947 – 2023) morreu em maio de 2023, aos 75 anos.
“Uma pessoa incrível, à frente do seu tempo. Uma grande intérprete, compositora, musicista e mãe. Foi uma grande feminista”, disse Giannazi. “Foi conceituada pela Revista Rolling Stone como uma das 100 maiores artistas do Brasil de todos os tempos. Uma paulistana que levou o nome da cidade para o mundo todo”.
O vereador Adrilles Jorge (UNIÃO) também fez considerações sobre a Rita Lee. O parlamentar afirmou que sempre gostou do trabalho da artista, e que a relação da cantora com a cidade de São Paulo representa a cultura, a popularidade e a musicalidade brasileira. Para Adrilles, a Rainha do Rock – assim como era conhecida – tratava de temas “profundos, complexos, das relações humanas e das relações afetivas”.
“O carisma da Rita abarca a cidade de São Paulo. Essa multiplicidade, essa heterogeneidade que se abraça, essa miscigenação cultural que está expressa e impressa incisivamente na música de Rita Lee é a mais perfeita tradução de São Paulo, e São Paulo é a mais perfeita tradução do Brasil. Rita Lee e São Paulo se abraçam nesse Dia de Rita Lee”, falou o vereador.
Ação social
Já o vereador Gilberto Nascimento (PL) propôs ações sociais para problemas relacionados ao uso de drogas. Inicialmente, o parlamentar afirmou que o termo “cracolândia” não é adequado. Para ele, o correto é “cenas abertas de uso”. O parlamentar disse que sempre defendeu a não utilização da nomenclatura, “porque quando falamos em ‘lândia’ todo mundo pensa em uma coisa prazerosa, alegre e feliz”.
Gilberto Nascimento aproveitou o tempo de fala para informar que protocolou um Projeto de Lei para criar o “Espaço Prevenir”. De acordo com o vereador, a ideia é instalar equipamentos nos bairros da cidade a fim de acolher as famílias que têm usuários de drogas dentro de casa. Segundo ainda o parlamentar, a proposta sugere capacidade para 200 atendimentos presenciais e on-line.
“Muitas vezes, parte dessa família está em outro Estado, em outros municípios, e precisa ter esse contato, precisa realmente ter essa reconstrução familiar, de sentimento e de entendimento para que possamos resgatar e não acontecer o caso de as pessoas saírem de casa e irem morar nas ruas”, falou Gilberto Nascimento.
Vacinação
Outro tema desta tarde foi a vacinação contra a Covid-19. Da tribuna, o vereador João Ananias (PT) ressaltou a importância da imunização. Segundo o parlamentar, até o momento, nem 30% da população da capital paulista tomou a vacina. Ananias disse que é preciso reforçar as informações corretas para combater as notícias falsas sobre o imunizante. Ele orienta que todas as pessoas procurem os postos de saúde da cidade.
“É importante não levarmos a desinformação à população do dia a dia. É importante incentivar a população a tomar vacina, porque eu tenho certeza que a cidade vai precisar das pessoas imunizadas”, falou João Ananias.
Tecnologia
Os impactos da tecnologia na sociedade, sobretudo na vida das crianças, estiveram na pauta de discurso da vereadora Marina Bragante (REDE). A parlamentar destacou que o Brasil é referência no mundo inteiro por ter uma lei que proíbe o uso de celular nas escolas. Ela citou dados de especialistas que mostram os problemas sociais causados pelos smartphones na infância.
“Se pudermos garantir que as crianças fiquem pelo menos cinco horas do dia longe do celular, estaremos ajudando elas a se desenvolverem melhor. Isso significa conseguir ter foco, aprender, desenvolver habilidades pessoais e de relação, que são na infância que fazemos”, afirmou Marina.
Marina explicou que os municípios são responsáveis pelas crianças, e que as cidades têm que cumprir as determinações da legislação federal. “O secretário (municipal de Educação), Fernando Padula, tem cuidado disso, mas também temos que pensar em espaços para possibilitar que as crianças não queiram ficar no celular, como ir para parques, pátios, escolas, abrir o CEU (Centro Educacional Unificado). Que o espaço público seja atrativo para a criança”.
Vetos
Nesta tarde, o Plenário também analisou projetos vetados pela Prefeitura entre 2006 e 2024. No total, dos 237 itens da pauta, 50 tiveram os vetos mantidos e foram arquivados. Os vetos são discordâncias do prefeito da capital paulista em determinados projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal de São Paulo.
Próxima sessão
A próxima Sessão Plenária está convocada para terça-feira (27/5) da semana que vem, às 15h. A Câmara Municipal de São Paulo transmite a sessão, ao vivo, por meio do Portal da Câmara, no link Plenário 1º de Maio, do canal Câmara São Paulo no YouTube e do canal 8.3 da TV aberta digital (TV Câmara São Paulo).
Assista à sessão desta quinta-feira.
