Lucas Bassi | REDE CÂMARA SP Na manhã desta terça-feira (11/11), a Comissão do Idoso e da Assistência Social da Câmara Municipal de São Paulo realizou mais uma reunião para debater o desenvolvimento das políticas públicas voltadas ao idoso e as questões envolvendo a assistência social no município. Atendendo a um requerimento da Comissão, os vereadores ouviram um professor e doutor da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), para apresentar e comentar os resultados da pesquisa “Pessoas Idosas que moram sozinhas: demandas para as políticas públicas”. Essa foi a primeira etapa da apresentação e a segunda será na reunião do colegiado no dia 25 de novembro.
Apresentação da pesquisa
Com o tema “Pessoas Idosas que Moram Sozinhas: demandas para as políticas públicas, interinstitucional e multidisciplinar”, a pesquisa tem como objetivo analisar os determinantes estruturais e intermediários de vulnerabilidade, identificando necessidades e demandas de pessoas idosas que moram sozinhas em regiões metropolitanas do Estado de São Paulo.
O estudo foi coordenado pelo professor Nivaldo Carneiro Júnior da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, e envolve também outras instituições, como a Faculdade de Medicina do ABC, EACH-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo), e conta com apoio da FSP-USP (Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo), Coletivo Envelhecer e da RPDI (Rede de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa).
A apresentação foi dividida em três pilares: caracterização da atuação e do acesso à rede de atenção à pessoa idosa; condicionalidades, limites e potencialidades do acesso à rede de atenção à pessoa idosa e barreiras domiciliares e territoriais para o idoso.
Na reunião, Rodrigo Bonicenha, professor do Departamento de Saúde e Sociedade da Faculdade de Saúde Pública da USP, fez um resumo sobre as ações e a fonte da pesquisa, mas pediu que as pessoas procurem o documento para aprofundar esse conhecimento.
“A pesquisa teve uma parte quantitativa e outras questões, mas estou trabalhando os resultados com os grupos focais, com os profissionais da rede de atenção à pessoa idosa nos municípios de Jundiaí, Santo André e aqui no centro de São Paulo e nós conversamos 40 desses profissionais”, finalizou o professor.
Debate com a população
O presidente do Conselho Municipal da Pessoa Idosa de São Paulo, Nadir Francisco do Amaral, comentou que as pessoas idosas exigem respeito e que não devem ser penalizadas por viver mais. “Nós somos uma população de dois milhões e trezentos mil que está crescendo cada vez mais. É importante nós termos ciência, é importante o Poder Público falar com a gente. Pessoa idosa é o jovem que deu certo”, finalizou.
A ativista dos direitos da pessoa idosa e coordenadora do Garmic (Grupo de Articulação para a Conquista de Moradia do Idoso da Capital), Olga Quiroga, agradeceu os professores Rodrigo e Nivaldo Carneiro pela escuta e por trabalharem no problema da pessoa idosa que mora sozinha.
Os munícipes, que fizeram diversas falas durante o expediente da Comissão, ainda parabenizaram o professor Rodrigo Bonicenha e a pesquisa promovida pela Universidade de São Paulo.
O presidente do colegiado, vereador Senival Moura (PT), valorizou as informações concedidas pela pesquisa e reforçou o convite para a próxima reunião da Comissão. “Tudo que foi apresentado aqui é fundamental. E, essa reunião, é um meio que encontramos para levar mais informação e tentar construir políticas públicas para o idoso”.
Além do vereador Senival Moura, que conduziu os trabalhos, também participaram da reunião, os vereadores: Ely Teruel (MDB), Professor Toninho Vespoli (PSOL) e Sonaira Fernandes (PL).
Confira a íntegra da reunião aqui
(*) com supervisão de Fernanda Lucena
