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Cracolândia e Virada Cultural estão entre os destaques da sessão desta terça

Por: MARCO CALEJO
DA REDAÇÃO

20 de maio de 2025 - 18:57
Douglas Ferreira | REDE CÂMARA SP

As Sessões Plenárias das terças-feiras têm sido destinadas aos debates livres. Cada vereador que sobe à tribuna pode discursar sobre assuntos de escolha própria. A ordem dos parlamentares segue uma lista alfabética pré-definida. Nesta tarde, o tempo das falas variou entre cinco e quinze minutos.

Na sessão desta terça, a cracolândia – região conhecida na área central de São Paulo devido ao fluxo de pessoas em situação de rua e de dependentes químicos – foi um dos principais pontos debatidos no Plenário. A Virada Cultural também entrou na pauta desta terça-feira.

Cracolândia

O 1° vice-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador João Jorge (MDB), considera que a parceria entre os governos da capital e do Estado – especialmente no combate ao tráfico de drogas na região – tem surtido efeito positivo para dispersar as pessoas do local. João Jorge defendeu o trabalho conjunto da Prefeitura.

“O prefeito Ricardo Nunes disse assim: ‘Ainda não posso comemorar o fim da cracolândia, mas escondendo (os usuários) ninguém está’”, falou João Jorge. “O que notamos é que oito anos atrás eram quatro mil frequentadores. Em maio do ano passado, chegou a 600. Em maio deste ano, na última contagem, eram 109. E agora, de repente, nenhum”.

Para a vereadora Keit Lima (PSOL), a região central tem sido marcada por transformações. A parlamentar destacou a reintegração de posse da área onde está a Favela do Moinho e a situação da cracolândia. De acordo com Keit, a polícia tem agido de forma violenta nos espaços. “A questão que mais tem me preocupado, e preocupado todos aqueles que lutam para que os direitos cheguem a todas as pessoas, é o desaparecimento das pessoas que estavam na área e que eram atendidas pelos serviços de saúde e assistência”.

A vereadora Luna Zarattini (PT) também fez observações sobre as ações realizadas na área da cracolândia. Segundo ela, há poucas soluções apresentadas para resolver os problemas locais “em relação à assistência social, à saúde e ao tratamento humanizado diante desta situação que enfrentamos há muitos anos”. Luna afirmou que junto com o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) entrou com uma representação no Ministério Público pedindo a investigação “do desaparecimento, do sumiço das pessoas”.

Da tribuna do Plenário, a vereadora Marina Bragante (REDE) disse que entende a gravidade da situação. Ela afirmou ainda que a cracolândia é um dos maiores desafios da cidade de São Paulo. “A cidade está preocupada com isso, a cidade está envolvida com esse processo que é absolutamente complexo”. Bragante falou que o “sumiço, a internação compulsória em massa e a remoção sem garantia de direito” não são iniciativas que devem ser adotadas. “É preciso encontrar um meio de caminho”.

Ainda sobre a cracolândia, a vereadora Renata Falzoni (PSB) também considera que as pessoas não podem ser deslocadas para outros territórios sem receberem atenção adequada. Falzoni quer a implementação de políticas públicas para o acolhimento da população. “Não podemos colocar o problema debaixo do tapete. Desaparecer, não ver as pessoas com dependência química ou mesmo que não tenham onde morar nas ruas, não sabemos se o problema foi resolvido. Expulsar, tirar da vista, não é resolver”.

O vereador Adrilles Jorge (UNIÃO) ressaltou a ação conjunta entre a Prefeitura e a gestão estadual para controlar o fluxo de dependentes químicos no centro da capital. Adrilles destacou que os Poderes têm seguido à risca o Código Penal Brasileiro, coibindo o tráfico e o uso de drogas em ambientes públicos. “O que o governador Tarcísio está fazendo, em parceria com o prefeito Ricardo Nunes, é exatamente o estrangulamento de pontos de droga e a internação”.

A vereadora Sonaira Fernandes (PL) também enalteceu o trabalho dos governos municipal e estadual. Para ela, as iniciativas conjuntas irão proporcionar tranquilidade às pessoas que vivem no entorno da região da cracolândia. “Para os moradores e comerciantes da região central de São Paulo, alguns instantes, alguns minutos, ou quem sabe dias, meses, anos de sossego para morar no centro de São Paulo, para empreender na cidade de São Paulo”.

Virada Cultural

A Virada Cultural, que irá acontecer nos dias 24 e 25 de maio em diferentes regiões da capital paulista, entrou na pauta da vereadora Sandra Santana (MDB). A parlamentar disse que um dos diferenciais do evento deste ano é a descentralização cultural. “Se tem algo que merece destaque nesse ano é a chegada mais forte ainda da Virada  nas periferias. Pela primeira vez, 16 dos 21 grandes palcos estarão fora do centro levando artistas renomados para os bairros mais periféricos”.

Sandra contou ainda que a Virada Cultural de 2025 reforça o compromisso da cidade com a inclusão e a acessibilidade. “Todos os palcos terão espaços reservados para pessoas com deficiência, tradução em libras, audiodescrição, banheiros acessíveis e um aplicativo com informações em libras”.

De acordo com a vereadora, o evento terá infraestrutura adequada com atendimento de saúde, equipes de conselheiros tutelares, cerca de 10 mil profissionais da segurança, funcionários da limpeza e de direitos humanos, frota de ônibus com tarifa zero no domingo, bem como metrô e trem durante a madrugada.

“A Virada Cultural não é só entretenimento. Ela movimenta a economia, gera renda, emprego e oportunidades para milhares de profissionais da cultura e do setor de serviços”, disse Sandra Santana. “A expectativa é de que mais de 4,7 milhões de pessoas circulem por toda a cidade, injetando cerca de R$ 300 milhões na economia paulistana”, afirmou a parlamentar.

Próxima sessão

A próxima Sessão Plenária está convocada para esta quarta-feira (21/5), às 15h. A Câmara Municipal de São Paulo transmite a sessão, ao vivo, por meio do Portal da Câmara, no link Plenário 1º de Maio, do canal Câmara São Paulo no YouTube e do canal 8.3 da TV aberta digital (TV Câmara São Paulo).

Assista à sessão desta terça-feira.

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