Na manhã de quarta-feira (3/9), a Subcomissão do Serviço de Transporte Individual de Passageiros por Motocicleta realizou mais uma reunião. Os integrantes do colegiado ouviram representantes do Sivesp (Sindicato das Empresas de Inspeção Veicular e de Equipamentos de Produtos Perigosos do Estado de São Paulo), da Angis (Associação Nacional dos Organismos de Inspeção) e do Instituto Locomotiva de Pesquisa. Eles falaram sobre a importância da inspeção de segurança veicular e uma pesquisa relacionada a este modal de transporte.
Claudio Torelli, presidente do Sivesp, falou do serviço de inspeção de segurança veicular. Segundo Torelli, o objetivo é garantir que táxis, carga frete, motofrete e ônibus urbano estejam de acordo com as normas estabelecidas pelo sindicato.
“Nós temos um regulamento específico para avaliar as motocicletas que prestam serviços na cidade. A inspeção de segurança veicular tem por objetivo garantir que os veículos que estão circulando em vias públicas estão seguros. A nossa ideia é que o mototáxi também passe por essa inspeção de segurança veicular. Nós fazemos a inspeção há mais de 20 anos para táxis, veículos escolares, motofrete e carga frete. O que mais reprovamos são iluminação irregular, freios comprometidos e equipamentos de segurança em geral. Precisamos considerar que um veículo seguro representa 20% a menos de acidentes de trânsito no país”, destacou Torelli.
Aquiles Pisanelli, diretor técnico da Angis, ressaltou a importância dessas inspeções em veículos. “Há necessidade de fazer essas inspeções de segurança veicular, principalmente, nos mototáxis e motofretes para garantir a segurança desses veículos no trânsito”, completou Pisanelli.
Pesquisa sobre o transporte por moto via aplicativos
Em seguida, Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva de Pesquisa, abordou três estudos relativos ao objeto de estudo da Subcomissão, com destaque para um levantamento realizado em janeiro deste ano na cidade de São Paulo com motociclistas, mulheres de baixa renda e população em geral. A pesquisa ouviu 2.048 pessoas.
“Do total, 7 em cada 10 paulistanos são favoráveis à oferta do serviço de transporte de pessoas em moto por aplicativo. Com isso, a gente vê que a cultura se impõe quando falta segurança e alternativas públicas de transportes. Em geral, a realidade da periferia é bastante diferente do centro expandido da cidade de São Paulo, onde há mais alternativas de transportes do que nas comunidades. A pesquisa ainda mostrou que aqueles que são mais favoráveis aos serviços de transporte de passageiros por motoaplicativos são os mais jovens de 18 a 29 anos, moradores de favela e a população negra”, destacou Meirelles.
A pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva de Pesquisa também apontou que 80% das pessoas entrevistadas concordam que o transporte de pessoas em moto por aplicativo é uma alternativa de transporte mais rápida, devido à presença da Faixa Azul em diversas vias da cidade.
No final da reunião da Subcomissão, os vereadores aprovaram quatro requerimentos, todos relacionados à Faixa Azul. Um deles, de autoria do relator do colegiado, vereador Paulo Frange (MDB), que solicita a apresentação do estudo “Faixa Azul – Desafios e Resultados” pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
A reunião desta quarta, que pode ser conferida neste link, foi conduzida pela presidente da Subcomissão, vereadora Renata Falzoni (PSB) e contou com a presença dos vereadores Paulo Frange (MDB) e Pastora Sandra Alves (UNIÃO).
Reunião da Comissão de Trânsito
Também nesta quarta, os vereadores que integram a Comissão de Trânsito, Transporte e Atividade Econômica aprovaram pareceres de dois Projetos de Lei de autoria do vereador Sansão Pereira (REPUBLICANOS) – o PL 706/2024, que altera uma lei de 1994 para proibir a venda de armas de brinquedo que não possuam cores e formatos distintos das armas verdadeiras e o PL 767/2024, que dispõe sobre o serviço do tipo “couvert artístico” no município, além de um requerimento da vereadora Renata Falzoni (PSB). O documento trata da realização de um debate para apurar denúncias sobre os parques concedidos à iniciativa privada.
“Nós aprovamos hoje o requerimento de uma audiência pública para que venham conversar e prestar esclarecimentos as concessionárias de vários parques municipais da cidade. Entre eles, Parque Ibirapuera, Parque Villa-Lobos e o Parque da Água Branca. Temos recebido queixas semanalmente sobre cobrança de taxas de preparadores físicos, eventos que atentam a fauna, eventos que atentam a vizinhança local. Entendemos que esses parques deixaram de cumprir a função principal que seria lazer inclusivo para todos os paulistanos”, pontuou a vereadora.
Além da vereadora Renata Falzoni, a reunião da Comissão de Trânsito, que pode ser conferida neste link, contou também com a presença do presidente do colegiado, vereador Senival Moura (PT) e do vereador Paulo Frange (MDB).