Na Sessão Plenária desta sexta-feira (27/6), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou por unanimidade, em 2ª e definitiva votação, o PL (Projeto de Lei) 640/2025. A proposta reestrutura parcialmente a infraestrutura viária nos distritos de Grajaú e Cidade Dutra. A organização do trânsito local será feita para construir a ponte Graúna-Gaivotas, no extremo sul de São Paulo. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que a obra vai beneficiar mais de um milhão de habitantes. O texto segue para sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
De acordo com a justificativa do texto, a ligação facilitará o fluxo do transporte público na região. O projeto explica que a intervenção integrará os corredores e as faixas exclusivas de ônibus das avenidas Teotônio Vilela, Atlântica, Olívia Guedes Penteado, Interlagos, Nossa Senhora do Sabará e Dona Belmira Marin, além do Terminal Urbano Grajaú e da Linha 9 – Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Segundo ainda a proposta, a ponte fará a conexão entre diferentes modais do transporte público da zona sul. Para a Prefeitura, a iniciativa irá garantir a circulação de pedestres em travessias seguras, a redução nos tempos das viagens, a requalificação da paisagem urbana e a melhoria na qualidade de vida dos moradores das regiões do entorno.
Nascido e criado na zona sul, o vereador Silvão Leite (UNIÃO) destacou a qualidade de vida que a obra vai proporcionar à população local. “Quando falamos da ponte Graúna-Gaivotas, não é só a questão da ponte”. Silvão complementou: “Quero deixar meu testemunho de que a região está sendo muito bem cuidada. E agora, esse importante projeto que está sendo aprovado hoje, será a cereja do bolo”.
O vereador Dheison Silva (PT) também apoiou o Projeto de Lei. Ele é natural do Grajaú, um dos bairros beneficiados com a obra. “É o voto mais importante que eu vou dar nesse semestre, que é o voto para uma ponte que vai desafogar não só o trânsito, mas vai dar tempo de vida para aquelas pessoas, porque cada minuto perdido no trânsito é um minuto a menos de vida”.
Polícia Federal
Outro projeto do Executivo aprovado em 2º turno e por unanimidade nesta quarta foi o PL 692 /2025. A matéria concede por 40 anos uma área municipal de aproximadamente cinco mil metros quadrados na Lapa – zona oeste – para a União, representada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Superintendência Regional de Polícia Federal. O objetivo do PL é ampliar as estruturas do local voltadas às atividades da Polícia Federal na capital.
A proposta também estabelece condições para a utilização do imóvel. O projeto proíbe a alteração da finalidade sem autorização expressa, obriga a conservação do local, e responsabiliza a concessionária por eventuais taxas e impostos. Além disso, prevê a rescisão automática da concessão em caso de descumprimento das regras, revertendo o imóvel ao município com todas as benfeitorias incorporadas ao patrimônio público.
O líder do governo na Câmara, vereador Fabio Riva (MDB), exaltou a importância do PL após sua aprovação em 1º turno. “É um pedaço importante que vai ser utilizado para ampliação desse trabalho da Polícia Federal”.
Para a vereadora Keit Lima (PSOL), a concessão da área para a Polícia Federal representa um fortalecimento das políticas públicas de segurança no município. “Representa uma decisão responsável dessa cidade, que utiliza um móvel de interesse público para fortalecer os serviços federais de segurança e justiça”.
Mesa Diretora
Também na sessão desta sexta-feira, o Plenário aprovou em 2º e definitivo turno de votação o PR (Projeto de Resolução) 12 /1996. O texto, apresentado pela Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo, recebeu uma emenda. A proposta limita para uma a reeleição para os cargos da Mesa Diretora da Casa e eleva para 12 o número de honrarias concedidas por cada vereador a cada legislatura. O PL foi aprovado por unanimidade.
O 2° vice-presidente da Casa, vereador Isac Félix (PL), falou sobre a alteração no Regimento Interno da Câmara. Ele explicou que a partir de agora o presidente só poderá ficar à frente do Legislativo paulistano por dois anos consecutivos (eleição e reeleição). “Nós tínhamos aqui, até por motivos óbvios, como forma de honrar o ex-presidente Milton Leite, prorrogamos o mandato para ele ficar quatro anos seguidos pelo trabalho que prestou à cidade de São Paulo e a esta Casa”.
“Fizemos esta mudança, e agora estamos acompanhando o Congresso Nacional e o Senado, onde há uma eleição de presidente por um ano e renovação para o próximo ano”, concluiu Isac Félix.
A íntegra da Sessão Plenária, com as discussões e votações, pode ser conferida no vídeo abaixo: