A reunião conjunta das Comissões de Educação e de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude, analisou, nesta terça-feira (16/06), os modelos de creches conveniadas do município. Representantes da sociedade civil e da Secretaria de Educação debateram com os vereadores alternativas, mudanças e padrão de qualidade no ensino. Os convênios firmados entre a Prefeitura e as organizações que mantêm Centros de Educação Infantil (CEI) destinam-se ao atendimento preferencial de crianças de zero a três anos. Hoje, a capital conta com uma rede conveniada de 921 unidades educacionais. O atendimento nas CEIs está dividido em três módulos: Berçário I, a partir de zero ano, com turmas de sete crianças por educador; Berçário II, a partir de um ano, com nove crianças por educador; Mini-grupo, a partir de dois anos, com até 12 crianças por educador. “Na verdade, houve uma mudança nos últimos três anos da faixa etária que é indicada para os Centros Educacionais Infantis e para as Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI). As EMEIs possibilitam que até 35 crianças fiquem nas salas de aula com apenas um educador. E as crianças de três anos, que antes eram encaminhadas para as CEIS, estão sendo encaminhadas para as EMEIs, o que necessariamente gera uma diminuição na qualidade do atendimento”, disse a representante do Movimento Creche para Todos, Ester Rizzi. A vereadora Juliana Cardoso (PT) lembrou “que com três anos as crianças ainda são muito dependentes dos adultos, e justamente nessa idade elas começam a aprender a desempenhar suas tarefas sozinhas.” A parlamentar questionou: “Como uma única professora vai cuidar e dar atenção a 35 crianças?” O vereador Agnaldo Timóteo (PR) respondeu: “primeiro as pessoas precisam ir às CEIs e às EMEIs constatar se as crianças estão sendo bem tratadas ou não. Imaginar que todo atendimento de uma criança deva ser obrigação do Estado não está correto. Quem vai ensinar a criança a escovar os dentes e ir ao banheiro é o pai e a mãe.” O vereador Marcos Aurélio Cunha (DEM) lembrou que o número de creches aumentou, pediu que a sociedade civil “traga também propostas e não só queixas”. O parlamentar ressaltou a importância da família na educação infantil. “Transferir para o Estado toda a obrigação não é justo. A família tem de ter controle de natalidade, estar ao lado do Estado e não deixá-lo somente como gestor.” Rita Ribeiro, assessora da Secretaria de Educação, lembrou os esforços de sua pasta para melhorar o ensino e disse que “existe diferença entre sonho e realidade, pois o ideal seriam salas com cinco crianças." Rita mostrou que a preocupação primordial da Secretaria "é resolver o problema de falta de vagas no ensino, para depois pensar em diminuição de alunos por sala." Para ela, o importante “é aprender vivenciando, para que se chegue a um modelo ideal.” A proposta de um grupo de trabalho para discutir a educação infantil no município foi acatada pelos vereadores. Participaram do encontro os vereadores Claudio Fonseca (PPS), Alfredinho (PT), Juliana Cardoso (PT), Noemi Nonato (PSB), Floriano Pesaro (PSDB), Marco Aurélio Cunha (DEM), Agnaldo Timóteo (PR) e Netinho de Paula (PCdoB), presidente.
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Vereadores debatem ensino infantil municipal e modelo de creche conveniada
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