Comissão de Turismo discute impactos econômicos de golpes no setor

Por: FELIPE BROSCO
DA REDAÇÃO

9 de setembro de 2025 - 13:03
A imagem é uma fotografia de uma reunião da Comissão de Turismo da Câmara Municipal de São Paulo, realizada no dia 9 de setembro de 2025 no Auditório Prestes Maia. Com expressões focadas, dois homens estão sentados atrás de uma longa mesa de madeira, com microfones à disposição. Um deles – de terno escuro e camisa clara - é o vereador Gilberto Nascimento, presidente do colegiado.  No canto direito, um homem em pé, também de terno, está próximo a um púlpito. A hashtag #ComissãoTurismo aparece no canto superior direito. O ambiente é amplo e bem iluminado, com paredes decoradas por um grande mural colorido que ilustra uma paisagem abstrata. O piso é de madeira brilhante, e as cadeiras são estofadas em bege. No fundo, algumas pessoas estão sentadas, aparentando atenção ao que é discutido. A qualidade da imagem é nítida e captura detalhes do cenário e dos participantes.Reprodução | YouTube CMSP

A Comissão Extraordinária de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo, do Lazer, da Gastronomia, da Hospitalidade e dos Eventos debateu, em reunião nesta terça-feira (9/9), os impactos econômicos de golpes e estelionatos no setor de hospedagem e alimentação.

Para falar sobre o assunto, foi convidado o economista e coordenador do Núcleo de Pesquisas e Estatísticas da FHORESP (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo), Luis Carlos Burbano Zambrano.

A FHORESP, que representa 500 mil estabelecimentos em São Paulo, estima que, em 2024, os setores de hospedagem e alimentação no Brasil tenham acumulado R$ 100 bilhões em prejuízos causados por golpes e fraudes. Somente no Estado de São Paulo, o impacto financeiro foi de R$ 25 bilhões.

Zambrano fez uma apresentação sobre o tamanho do setor e o comportamento do turismo. De acordo com os dados apresentados, o Brasil tem aproximadamente 1 milhão e 600 mil empresas de hospedagem e alimentação ativas. Os golpes afetam, principalmente, o processo produtivo, (fornecimento de insumos adulterados, adulteração de bebidas alcoólicas e fluxos financeiros e de crédito) a hospedagem (golpes de diárias de hotel, QR Codes falsos em serviços e Wi-Fi fraudulentos) e os serviços de eventos e hotéis (buffets que não realizam eventos após pagamento e clientes que não pagam após serviços realizados) com impactos para as empresas e para os consumidores.

Após os números apresentados, o presidente da Comissão, vereador Gilberto Nascimento (PL), ressaltou a preocupação com a questão de bebidas adulteradas. A FHORESP estima que 36% das bebidas alcoólicas comercializadas no país são falsificadas ou contrabandeadas. A perda fiscal com esses produtos alcançou R$ 85 bilhões em 2024, sendo R$ 23 bilhões no Estado de São Paulo.

O próximo encontro do colegiado ficou agendado para o dia 23 de setembro. Também participou da reunião, que pode ser conferida neste link, o vereador Nabil Bonduki (PT).

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