Audiência pública discute aplicativo de transporte na Capital

2 de setembro de 2015 - 19:15

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CAROL CÂMARA
DA TV CÂMARA

O Projeto de Lei que proíbe o funcionamento de aplicativos como o Uber, que disponibiliza motoristas para o transporte de pessoas em carros particulares, foi discutido em audiência pública da Comissão de Trânsito da Câmara Municipal nesta quarta-feira (2/9). Segundo o autor do projeto,vereador Adilson Amadeu, o serviço funciona irregularmente na capital.

“Essas empresas, que estão usando aplicativos ilegais, estão usando carros particulares e tendo a garantia de fazer um serviço como táxi. E o táxi é legalizado. O motorista tem alvará, tem Condutaxi. E simplesmente essa empresa, que é uma empresa americana, entrou na contramão em vários países, e entrou aqui no Brasil da mesma maneira”, disse o vereador.

De acordo com o parlamentar, o Uber tem dois mil carros na capital que tiram em media 3 corridas por dia de cada taxista.

Para os representantes do Uber, o aplicativo não entrou de forma ilegal no pais,  mas precisa ser regulamentado. “A Uber é completamente legal no Brasil. O que os nossos parceiros fazem é transporte individual privado de passageiros, que consta na lei Federal 12.587, política de mobilidade urbana. Essa lei tipifica os tipos de transporte e mostra claramente que a UBER é completamente legal no Brasil. O que acontece é que não tem uma regulação específica e a gente está discutindo, juntos com todas as esferas de Governo, para que haja essa regulação específica, não só para UBER, mas para todas as empresas que usam tecnologia aplicada ao trânsito”, explicou o diretor de Comunicação da Uber, Fábio Sabba.

Os taxistas lotaram o plenário Primeiro de Maio para protestar contra o aplicativo, que eles consideram ilegal. “Se eles estivessem legalizados, tivesse passado por esta Casa e o prefeito sancionasse, eles podiam trabalhar livremente. Agora, nós somos contra porque eles são ilegais. E o que é ilegal não é justo”, disse Natalício Bezerra, presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo.

Os taxistas também afirmaram que não são contra as novas tecnologias, mas consideram a concorrência com o uber  desleal já que os motoristas não pagam taxas e nem impostos. “O problema é que a Uber veio de outro país, não se legalizou, não quer recolher os nosso impostos porque a nossa carga tributária é muito alta, nega a regulamentação que existe hoje e quer porque quer que o Governo crie uma regulação específica só pra ela”, disse Alessandro Martinez, da Cooperativa Use Táxi

A segunda votação do projeto em plenário está marcada para a próxima quarta-feira (9/9). Outros três projetos sobre o assunto também estão em tramitação. O PL do vereador Salomão Pereira (PSDB),  regulamenta os aplicativos, mas eles serão obrigados a se credenciar no Departamento de Transportes Públicos provando que a atividade é realizada somente por taxistas legalizados. Já o do vereador José Police Neto (PSD),  propõe o compartilhamento de automóveis na cidade. A terceira proposta é do vereador Ricardo Young, que cria novas regras para o sistema de transporte público individual de passageiros, além de  acabar com a necessidade de alvarás.

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