A Comissão Extraordinária do Meio Ambiente e Direito dos Animais da Câmara Municipal de São Paulo voltou a discutir, em Audiência Pública neste sábado (6/12), as obras de revitalização do Parque do Carmo, na zona leste da capital paulista. O debate anterior sobre as intervenções ocorreu em agosto.
O Parque do Carmo é uma das maiores áreas verdes da cidade e abriga equipamentos culturais, esportivos e ambientais como o Bosque das Cerejeiras e o Museu do Meio Ambiente. Iniciadas em abril do ano passado, as obras incluem manejo arbóreo, vigilância, restauração de edificações, vias de circulação, rede elétrica e intervenções estruturais.
De acordo com cronograma da Prefeitura, a previsão de conclusão das intervenções no parque é de 24 meses – até março de 2026. Segundo o governo municipal, o objetivo é manter as características históricas e paisagísticas do espaço.
Propositor da audiência e presidente da Comissão de Meio Ambiente, o vereador Alessandro Guedes (PT) destacou a importância da continuidade do debate sobre as obras no local. “Existem temas que não saíram do lugar, das obras e melhorias”. O parlamentar também chamou a atenção para o atraso nas obras. “Apenas 21% estão concluídas”, alertou.
Para Guedes, é necessário que a revitalização avance o mais rápido possível, pois “a população da zona leste merece usufruir o Parque do Carmo com a melhor infraestrutura”.
Debate
Participaram da audiência representantes das secretarias municipais do Verde e do Meio Ambiente e de Infraestrutura e Obras, da GCM (Guarda Civil Metropolitana), conselheiros e gestores do Parque do Carmo, além de moradores da região e a sociedade civil.
O atraso das obras foi a principal demanda trazida pelos participantes. “Precisa ter uma dinâmica de ação que atenda a população”, pediu Gilson Negão, da Associação Fala Negão e da Cooperativa de Trabalho para vendedores/as do Parque do Carmo. “A população e os trabalhadores do parque estão ansiosos pela conclusão”, acrescentou Gilson.
“É preciso mais urgência para concluir as obras”, reforçou Ezequiel Amorim Ferreira, do Conselho Gestor do Parque do Carmo. “Logo será o período de férias e haverá aumento do público”, lembrou Ferreira.
Questões ligadas às infraestrutura do parque e da região, segurança no local e no entorno, além de melhorias e ampliação dos equipamentos culturais e esportivos também foram tratadas.
Pelo Executivo, Isabella Maria Davenis, da Divisão de Implantação, Projetos e Obras da Secretaria do Verde, justificou o tempo das intervenções. “Essa é uma obra de mais de R$ 94 milhões, o maior valor da história Secretaria do Verde e Meio Ambiente”, disse.
“Também levamos em consideração que dois anos não eram suficientes para conclusão das obras, ainda mais porque o parque está aberto e vai continuar aberto. Então, terá um aditivo”, completou Isabella.
Sobre o Parque
Fundado em 1976, o Parque Olavo Egydio Setúbal – Parque do Carmo, é o segundo maior parque urbano da capital paulista. A área é equivalente à cidade de Lisboa, capital de Portugal, ficando atrás apenas do Parque Ibirapuera. O local possui quase 1,5 milhão de metros quadrados e recebe até 500 mil visitantes por dia.
As atrações do parque incluem o Museu do Meio Ambiente, monjolo, lagos, estacionamento, anfiteatro natural, aparelhos de ginástica, campos de futebol, ciclovia, pista de cooper, playgrounds, quiosques, churrasqueiras, gramados para piqueniques, redário, o viveiro Arthur Etzel e o bosque da leitura.
Um dos pontos mais emblemáticos do parque é o Bosque das Cerejeiras, que abriga cerca de quatro mil árvores e 268 espécies de fauna, incluindo 25 tipos de borboletas. O planetário Professor Acácio Riberi, com capacidade para 168 pessoas, é considerado um dos mais modernos do Brasil.
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