CPI dos Pancadões aprova convite a influenciador e requerimentos sobre venda de bebidas adulteradas

Por: VITÓRIA SANTIAGO
DA REDAÇÃO

2 de outubro de 2025 - 16:02
Foto de reunião da Câmara Municipal de São Paulo. Mesa com vereadores, fotógrafos e equipe em plenário. Ambiente interno, paredes de mármore claro, telão exibindo a sessão. Iluminação forte e nítida. Texto no telão: "REUNIÃO DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI) - PANCADÕES 03/10/2023".Douglas Ferreira | REDE CÂMARA SP

Com a ausência das oitivas previstas para esta quinta-feira (2/10), os vereadores que compõem a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Pancadões da Câmara Municipal de São Paulo aprovaram requerimentos relacionados a hipersexualização de menores e a atuação de bares e adegas no contexto das festas clandestinas.

A previsão era ouvir o delegado de polícia, dr. José Mário Lara, e o funkeiro e professor de música, Thiago Barbosa Alves de Souza – Thiagson, mas ambos não compareceram. O presidente da CPI, vereador Rubinho Nunes (UNIÃO), informou que a ausência do delegado foi justificada ao colegiado e ocorreu devido a questões de saúde. No entanto, a ausência do funkeiro foi questionada. 

“Fico chateado com a ausência dele. Imaginava que ele viria para contribuir com os debates. Fiz uma pequena pesquisa sobre ele, vi que ele tem até doutorado, mas fugiu! É impressionante, pelas redes sociais eles são bem valentes, mas na hora de virem aqui para contribuir com os debates, fogem”, destacou Nunes.

O vereador Kenji Ito (PODE), vice-presidente da Comissão, ressaltou que o rigor da lei será aplicado nos casos de ausências injustificadas. “Com o rigor da lei, eles serão convocados agora e até intimados. Infelizmente, a gente se depara com a ausência de alguns convidados que nem explicam o porquê não irão comparecer. Isso vai acabar”, pontuou o parlamentar.

Adulteração de bebidas com metanol

Os vereadores aproveitaram a reunião para comentar sobre os casos envolvendo vendas de bebidas alcoólicas adulteradas por bares e adegas. O vereador Sargento Nantes (PP) mostrou preocupação e destacou o papel da Comissão. “Os últimos acontecimentos através de bebidas falsificadas e adulteradas, levando à morte de pessoas ou, até mesmo, causando traumas irreversíveis, é a maior prova de que estamos combatendo, por meio das investigações e apurações feitas por essa CPI, de maneira correta”, ressaltou o Sargento Nantes.

Para o presidente da CPI, vereador Rubinho Nunes, “aqueles que defendem a continuação dessas festas não contribuem em nada com essa CPI. Eles apenas deixam claro que possuem uma função de contribuir com a desordem e o caos. Vidas precisaram ser perdidas para mostrar para a sociedade que não se trata de trabalhadores que participam dessas festas ilegais, mas sim de criminosos que até vendem veneno. É isso o que tem sido vendido por essas adegas, que muitas delas auxiliam na promoção das festas e pancadões. Jovens e adolescentes tiveram a vida ceifada porque criminosos vendiam veneno em bebidas. Assassinos estão envenenando semanalmente todo o nosso povo com bebidas adulteradas. Essas pessoas estão cometendo crime”.

Requerimentos

Os vereadores da comissão ainda apreciaram e aprovaram 10 requerimentos. Entre os documentos, um de autoria do vereador Rubinho Nunes convida o influenciador Felipe Bressanim Pereira – o Felca – para contribuir com os trabalhos da CPI após publicação do vídeo em que ele denunciou a adultização de crianças. Outros dois requerimentos, de autoria do vereador Kenji Ito, solicitam a investigação de bares e adegas que venderam bebidas adulteradas e provocaram a morte de pessoas na cidade de São Paulo.

A reunião do colegiado, que pode ser conferida neste link, foi conduzida pelo presidente da Comissão, o vereador Rubinho Nunes (UNIÃO). Além dele, participaram os parlamentares Kenji Ito (PODE), Lucas Pavanato (PL), Cris Monteiro (NOVO) e Sargento Nantes (PP).

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