Comissão de Saúde debate o serviço oferecido pelo SUS

Por: - DA REDAÇÃO

17 de setembro de 2015 - 20:37

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Os serviços prestados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em todo o país, em especial, na capital, foi tema de Audiência Pública na Câmara Municipal, promovida pela Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher na noite desta quinta-feira (17/9).

O financiamento deste modelo público de atendimento, criado em 1988, foi criticado por representantes nacionais da área da saúde. Para o presidente da FENAN (Federação Nacional dos Médicos), Otto Fernando Baptista, a gestão financeira do SUS não acompanhou as mudanças ocorridas ao longo do tempo.

“Para essa máquina funcionar, depende de recursos. Estes recursos são alocados, mas o Brasil cresceu, a população cresceu e os recursos estão cada vez menores. Nós estamos parados no tempo com relação a esse financiamento, que nós já podemos chamar de subfinanciamento”, afirmou Otto.

O vereador Natalini (PV) segue o mesmo raciocínio e também criticou a falta de investimentos. “O Brasil é um dos países que menos investe em termos de PIB na saúde pública, 3,5%. Os nossos vizinhos aqui da América Latina estão em 7%, 6%. Na Europa, 9%, 10%. Então o dinheiro que o SUS emprega é muito pouco, isso está asfixiando e causando desassistência na população brasileira”, concluiu.

“Todos nós sabemos que o SUS é um marco, uma conquista do brasileiro, um direito constitucional de atendimento à saúde que dá exemplo para outras nações. Mas, por falta de investimento, está falindo”, afirmou o presidente da Comissão, vereador Calvo (PMDB).

Na contra mão disso, a médica Fernanda de Barros Correia Cavalcante considera que o valor que já é investido é suficiente para subsidiar a saúde pública, no entanto, é preciso qualificar o gerenciamento. “Eu acredito que com um gerenciamento adequado, esse dinheiro que vai para a saúde, e que não é pouco, sendo mais bem gerido, esse montante poderia ser mais bem utilizado”, argumentou.

Participaram do evento Jorge Curi (diretor de Saúde Pública da Associação Médica Brasileira e Conselheiro do Conselho Federal de Medicina), Edson Ferreira da Silva (Presidente do Sindicato das Santas Casas do Estado de São Paulo) e o deputado federal Sinval Malheiros (PV), que é membro da Frente Parlamentar das Santas casas e da Saúde Nacional.

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