A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Pancadões da Câmara Municipal de São Paulo ouviu, nesta quinta-feira (21/8), o capitão da Polícia Militar, José Eduardo de Campos Tenucci, que relatou sua experiência no atendimento a ocorrências nas festas clandestinas. A oitiva foi conduzida pelo presidente da Comissão, o vereador Rubinho Nunes (UNIÃO).
Atuando há dois anos e meio na região do Campo Limpo, zona sul da capital, o capitão destacou que a situação vai além do barulho e da perturbação do sossego. “Com cerca de 500 mil habitantes, nessa região, além dos pancadões, diversos crimes ocorrem e isso dificulta o trabalho da Polícia Militar. A presença de armas de fogo, arrastões, roubos e excessivo uso de drogas, que é feito pelas participantes dessas festas, são motivos de preocupação”, comentou o PM.
Os bares e adegas irregulares no município também são pontos de alerta. Por isso, segundo o policial, operações de combate aos bailes funks estão sendo feitas periodicamente. “Devido ao excesso de regiões tomadas por pancadões, há muitos bares e adegas irregulares. Nós temos feito operações, intervindo no combate aos bailes funks, principalmente ações preventivas. Estamos qualificando os bares e adegas e informando à Subprefeitura para que seja feita a lacração e fechamento desses estabelecimentos que não são autorizados”, completou Tenucci.
A possível presença do crime organizado nessas festas e a emissão de alvarás provisórios para bares e restaurantes chamam atenção. Por isso, o presidente da CPI destacou que pretende trabalhar em medidas para frear essas ocorrências e promover segurança e sossego nos bairros atingidos por essas aglomerações.
“Uso de drogas, crianças frequentando essas festas e principalmente todo o problema enfrentado por conta dessas aglomerações, precisam ser combatidos. Dentro do todo, os alvarás provisórios que estão sendo emitidos a bares, adegas e tabacarias situados nas regiões onde ocorrem esses pancadões. Dentro desse cenário, já irei apresentar um Projeto de Lei para que se proíba a emissão de alvará provisório exclusivamente a bares, adegas e tabacarias que estejam situadas nessas regiões”, pontuou o vereador Rubinho Nunes.
Requerimentos
Além do depoimento, os vereadores também aprovaram requerimentos para convocar a influenciadora Bia Miranda, o produtor Samuel Santana da Costa – conhecido como Gato Preto e a responsável por uma adega na Avenida Andorinha dos Beirais a prestarem esclarecimentos.
A reunião, que pode ser conferida na íntegra no vídeo abaixo, contou também com a participação dos vereadores Kenji Ito (PODE), Lucas Pavanato (PL) e Cris Monteiro (NOVO).