Richard Lourenço / REDE CÂMARA SP

Neste sábado (30/8), o CEU (Centro Educacional Unificado) Tiquatira, na região da Penha, zona leste, recebeu a 5ª edição do Câmara na Rua. O projeto aproxima a Câmara Municipal de São Paulo da população, especialmente das comunidades periféricas. A iniciativa promove o diálogo aberto sobre as demandas locais, apresenta o trabalho do Legislativo paulistano e ouve a sociedade. No primeiro semestre, CEUs das zonas leste, sul, norte e oeste sediaram uma edição do evento.

O Câmara na Rua está dividido em duas atividades: a Feira Livre, área com estandes temáticos onde servidores e funcionários explicam aos visitantes o funcionamento dos diferentes setores da Casa; e a Tribuna Popular – espaço para os munícipes fazerem questionamentos, opinarem e solicitarem informações de interesse local aos vereadores e à autoridades presentes. Ao todo são 60 inscritos, sendo que cada um tem até dois minutos de fala. 

Tribuna Popular 

A população que fez uso da palavra durante a Tribuna Popular apresentou demandas relacionadas, principalmente, à melhorias na infraestrutura urbana e ao setor da saúde da região. Rogério de Oliveira, por exemplo, abordou a mobilidade. “A Penha vem crescendo desordenadamente e eu gostaria de saber qual é o projeto ou se tem algum estudo na questão da mobilidade aqui para o bairro?”.

Vitor Agostinho falou sobre o asfaltamento das vias da zona leste. Ele pediu solução para uma das avenidas. “Sou morador do Jardim Coimbra/Jardim Nordeste e minha pergunta é sobre o recapeamento da Avenida Esperantina, se tem alguma providência”.

Moradora da Vila Guilhermina, Michele Ribeiro demonstrou preocupação com a segurança pública. “Gostaria de saber se tem um projeto e qual projeto seria para melhorar a segurança do nosso bairro, não só da Guilhermina, mas como toda a região”. 

Da tribuna, Fabio Ricardo questionou: “Quais os planos para o lazer aqui para o bairro da Penha?”. Já Ricardo Rodrigues pediu informações sobre a situação do Parque do Pescador. “A obra está parada. Há uma previsão de quando retorna a obra para o término? É muito importante para nós ali do Jardim Coimbra”. 

Ramona Tsuda, moradora da Penha, elogiou a possibilidade de apresentar demandas. A munícipe também falou sobre segurança pública e zeladoria. “Queria agradecer esse projeto do Câmara na Rua, que aproxima nós munícipes da Câmara. E o que eu gostaria de saber é: quais são as providências que a Subprefeitura da Penha e a Prefeitura de São Paulo vem fazendo pela zeladoria e segurança do bairro da Penha? Tendo em vista a desapropriação dos imóveis da Gabriela Mistral que estão abandonados e estão sendo um risco para os moradores da Penha”. 

Equipamentos públicos voltados à atividade de idosos foi uma questão trazida por Lourivaldo Dias Filho. “A minha reivindicação é em relação à Vila Sílvia, para fazer a pista de caminhada para os idosos, porque hoje os idosos não têm esse lugar para fazer esse exercício, essa caminhada diária”. 

A professora Gisele Almeida demandou questões ligadas à educação e ao funcionalismo público. “Venho aqui pedir e saber um prazo que vocês poderiam dar para que os professores que foram aprovados sejam nomeados no concurso de 2024. E aproveitando o ensejo, também pedir para que todos os professores e servidores que estão no estágio probatório possam ter a possibilidade da remoção de escola”.

Adriana Assis comentou sobre a UBS (Unidade Básica de Saúde) Jardim Penha. “Gostaria de sugerir a mudança da UBS Jardim Penha, que fica próximo à 24ª DP (Delegacia de Polícia), na Avenida São Miguel, pela falta de acessibilidade. É uma UBS que já está há muito tempo lá e hoje encontramos dificuldade com cadeirantes, pessoas que têm muleta, pela pelo espaço ser pequeno e pelo volume de cidadãos que hoje usufruem dessa UBS”.

O tema também foi abordado por Ana Carla Babi Tallmann. “A Penha está crescendo muito e a nossa UBS está atendendo o pessoal ali da divisa do viaduto Aricanduva, entre Penha e Mooca, o pessoal que fica para baixo do viaduto. Eles são da regional Mooca e teriam que passar em uma UBS no Tatuapé, onde é muito fora de mão. Eles dependem de ônibus e metrô para poder passar. E o povo da Penha a gente sabe que é muito idoso. Então, queremos ver uma solução, porque a nossa UBS é estratégica e está muito cheia”.

Moradora da Vila Matilde, Leila Ferreira pediu a ampliação das políticas públicas destinadas às crianças atípicas. “Sou mãe, mulher e mãe de uma criança atípica. Não temos aqui, praticamente, atendimento para pessoas autistas. A UBS só tem um psiquiatra para atender tanto adulto quanto criança. A lista de espera é de 11, 12 meses para passar por uma consulta”.

Valdecir Ricardo de Souza também trouxe pontuações sobre o atendimento à saúde. “Há algum tempo a gente vem lutando na Penha para que seja construída uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que até hoje não saiu do papel. E a população quer saber quando é que essa UPA vai sair do papel”.

Ermesnio Vieira reiterou o pedido para ampliar a oferta de médicos na região. “A nossa reivindicação é uma promessa que foi feita há 20 anos, pelo menos: a reforma e a ampliação do Hospital do Nhocuné. E isso não aconteceu até hoje”.

Além disso, diversos munícipes agradeceram ações e melhorias realizadas na região, como o recapeamento, a zeladoria e os avanços na infraestrutura local.

Vereadores

Presidente da Câmara, o vereador Ricardo Teixeira (UNIÃO) reforçou a importância do Câmara na Rua. “Tudo está sendo gravado, tudo está sendo registrado, todas as colocações serão respondidas. Tudo o que for falado aqui vai ser comunicado e vai ser oficializado ao Executivo ou a outras esferas da Prefeitura. E tudo o que foi discutido aqui, vocês terão resposta”

O 1° vice-presidente da Casa, vereador João Jorge (MDB), conduziu os trabalhos da Tribuna Popular. O parlamentar comemorou a possibilidade de ouvir a população da região. “Uma honra estar aqui com vocês hoje nessa iniciativa do presidente Ricardo Teixeira de trazer a Câmara Municipal de São Paulo aqui para a Penha, Cangaíba. Temos a região de Ermelino Matarazzo aqui perto, Ponte Rasa, Vila Matilde, São Miguel, Artur Alvim. É muito legal a Câmara estar aqui na zona leste, com a exposição dos departamentos da Câmara”.

Também presente nesta edição, o vereador Celso Giannazi (PSOL) exaltou o Câmara na Rua. “É um dever da Câmara Municipal ouvir cada pessoa que vem aqui colocar sua demanda. Não só vir aqui nos encontros que a Câmara está fazendo nos CEUs, todo último sábado de cada mês, mas também indo à Câmara Municipal, que é a casa do povo, onde conseguimos exercer a nossa cidadania, cobrar os nossos direitos”. 

A vereadora Janaina Paschoal (PP) acompanhou as falas dos moradores. E no final do evento, ela fez algumas considerações. “É uma alegria poder estar aqui, sou nascida e crescida na zona leste, a família inteira está na zona leste. Tenho um carinho muito especial, conheço muito a região. E eu anotei várias demandas aqui”. 

“O que eu posso prometer, porque aí eu posso cumprir, é correr atrás, é pedir. Eu não posso prometer que vamos implementar, porque isso é papel do Poder Executivo”, falou Janaina Paschoal.

Feira Livre

A Feira Livre é uma das formas de apresentar o trabalho do Legislativo paulistano durante o Câmara na Rua. Em cada edição do projeto, são montados estandes temáticos para que os servidores e os funcionários recebam os visitantes para explicar a função dos diferentes setores da Casa. 

A população que compareceu ao CEU Tiquatira teve a oportunidade de conhecer, por exemplo, o funcionamento do Plenário, das comissões, da Ouvidoria, da Biblioteca e do Centro de Memória, da Escola do Parlamento, do Parlamento Jovem e da Procuradoria Especial da Mulher. 

Subprefeita da Penha, Kátia Falcão aprovou a realização do Câmara na Rua na região. “É importante, porque a gente consegue estreitar a relação entre a população da região e os vereadores”. 

Érica Aparecida Amorim, professora e moradora de Francisco Matarazzo, também exaltou a iniciativa. “Eu acho bem importante, porque dá voz ao povo”. 

Câmara na Rua

O Câmara na Rua é uma iniciativa para aproximar o Legislativo paulistano da população, especialmente das comunidades periféricas. A ação promove um diálogo aberto sobre as demandas locais. Os encontros são realizados no último sábado de cada mês, sempre nos territórios. Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no hotsite do Câmara na Rua. 

Assista ao Câmara na Rua na íntegra aqui.

Confira mais imagens deste sábado nas fotos do Douglas Ferreira e do Richard Lourenço – da Rede Câmara SP:

Álbum 1

Álbum 2