A Comissão Especial de Apuração Preliminar da Secretaria Municipal de Saúde para apurar denúncias de fraudes nas licitações para compra de medicamentos e equipamentos por aquela Pasta deu poucas informações aos integrantes da Subcomissão da Comissão de Finanças e Orçamento, reunidos no Plenário da Câmara Municipal de São Paulo.
“Estamos na fase de levantamento de dados dos contratos. Não ouvimos nenhum dos possíveis envolvidos”, disse a presidente da Comissão, Dirce Akemi Shimomoto. Ela estava acompanhada de outros integrantes da comissão: Odeni de Almeida, Olga Helena Milani, Letícia Helena Pereira, Carlos Kajimoto, Ângela Terrafino e Silvia Helena da Silva Drumond.
Diante da insistência do relator da subcomissão, vereador Paulo Fiorilo (PT) em saber o que a comissão da Secretaria de Saúde já havia apurado, Dirce Akemi informou: “Nos fizemos o levantamento dos 15 contratos vigentes com a administração direta. São 10 processos da empresa Embramed, 3 com a Velox e 2 com a Hallex Istar”.
O presidente da subcomissão, vereador Roberto Trípoli (PV), criticou o trabalho da Comissão Especial, dizendo que estava muito demorado. “De acordo com a portaria conjunta da Secretaria Municipal de Saúde e da Autarquia Hospitalar Municipal a comissão teve o prazo de 45 dias para concluir seus trabalhos. Já se passaram 25 dias. Será que 20 dias serão suficientes para encerrar a apuração?”, quis saber.
Dirce respondeu que a sua equipe está fazendo o possível para concluir os trabalhos no prazo determinado. Mas fez uma ressalva. “Não trabalhamos com dedicação exclusiva na apuração. Fazemos apuração durante apenas 4 horas por dia; nas outras 4 horas atuamos em outros afazeres do departamento”, informou a presidente da Comissão Especial.
Ao saber que entre os integrantes da Comissão Especial não havia nenhum com especialidade em apuração de fraude nem um procurador da Prefeitura, o vereador Trípoli desabou: “Sei que vocês são pessoas honestas e competentes, mas vocês estão lidando com profissionais que sabem fraudar. Na Comissão Especial tem um cirurgião-dentista, o Carlos Kajimoto, que ocupa o cargo de diretor financeiro. Sua formação não é essa para o cargo. Os chefes dessa quadrilha vão dar de 10 a 0 no senhor.”
Dirce explicou que não teve uma reunião com a Polícia, pois “a Comissão Especial não tem caráter investigativo. Estamos realizando um processo administrativo”.
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Apuração de fraudes pela Comissão Especial da Secretaria de Saúde está lenta
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