Fechamento da EJA Modular da EMEF Capistrano de Abreu no Itaim Paulista

Artigo do vereador João Ananias (PT)

15 de setembro de 2025 - 10:30
Esta é uma imagem digital de estilo gráfico que apresenta elementos textuais e visuais. À esquerda, há um ícone de livro aberto seguido pelo texto em preto: "COM A PALAVRA," em um fundo branco. A porção central-direita da imagem é dominada por uma foto de um homem de meia-idade, com cabelo grisalho curto e barba por fazer, usando um terno escuro, camisa branca e gravata vermelha. Abaixo da foto, há um logo com uma estrela vermelha e as letras "PT". Ao lado da foto, o texto em branco "Vereador JOÃO ANANIAS" aparece sobre um fundo escuro. O fundo da imagem exibe uma fachada de prédio moderno, parcialmente visível devido à sobreposição de elementos textuais e gráficos. No canto inferior direito, há uma faixa preta com o texto em branco: "Fechamento da EJA Modular da EMEF Capistrano de Abreu no Itaim Paulista". A composição combina elementos formais e informativos, com uma iluminação clara sobre as áreas textuais e visuais, proporcionando contraste entre o texto branco e o fundo escuro. A imagem tem um estilo profissional, sugerindo a comunicação formal de uma mensagem política ou institucional.

Na última sexta-feira (12), recebi com indignação a notícia de que a Secretaria Municipal de Educação determinou o fechamento da Educação de Jovens e Adultos (EJA) Modular da EMEF Capistrano de Abreu, no Itaim Paulista. No mesmo dia, estive na Diretoria Regional de Educação para dialogar com o diretor da DRE e buscar a reversão dessa medida injustificável.

Sob a alegação de falta de demanda, a Prefeitura ameaça encerrar um modelo essencial de ensino. A EJA Modular oferece flexibilidade de horários e ritmo de estudo, proporcionando acolhimento a jovens e adultos que precisam conciliar a volta à escola com trabalho e responsabilidades familiares, promovendo uma verdadeira inclusão social e educacional.

Essa ação evidencia, mais uma vez, o descaso com a educação e a tentativa de desmonte da EJA, resultado de decisões que envolvem tanto o governo estadual quanto a Prefeitura de São Paulo.

A Educação de Jovens e Adultos é fundamental para reparar desigualdades históricas e oferecer a chance de retomar os estudos a quem não concluiu sua trajetória escolar na idade adequada. Falar da EJA é falar de inclusão, cidadania e justiça social.

Infelizmente, o fechamento de salas não é um caso isolado. Desde 2019, a rede municipal perdeu mais de 14 mil vagas, uma redução de 35% no atendimento da EJA. Muitos alunos que buscam essa oportunidade já não encontram turmas abertas, e a redução de vagas ameaça a continuidade de uma política pública essencial.

Reduzir a EJA não é apenas uma questão administrativa: é uma escolha política. Significa negar o direito à educação de milhares de jovens e adultos que querem transformar sua realidade por meio do estudo. Especialistas alertam para o risco de descontinuidade do programa e enfraquecimento de toda a política.

As perspectivas para 2025 são ainda mais preocupantes. O governo estadual pretende fechar quase 150 turmas da EJA e do ensino noturno, e a Prefeitura anuncia inscrições, mas abrir matrícula não resolve se não houver vagas suficientes. O discurso oficial não se sustenta diante da redução sistemática das oportunidades.

A EJA não é gasto a cortar, mas um investimento social que transforma vidas e fortalece comunidades. Fechar uma escola ou uma modalidade é também negar direitos garantidos pela Constituição, é optar pela exclusão e condenar milhares ao analfabetismo funcional, à marginalização e à falta de perspectivas.

Como vereador, reafirmo meu compromisso: não aceitarei o fechamento da EJA em nossa cidade. Lutarei por mais salas abertas, professores valorizados e políticas que ampliem o acesso de jovens e adultos à escola. Educação é direito, não privilégio. E a EJA é parte essencial dessa garantia.

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