Exaustão não combina com Educação!

Artigo do vereador Celso Giannazi (PSOL)

19 de setembro de 2025 - 06:00

Banner com foto de um homem de terno; logotipo do PSOL ao lado. Texto: "Vereador Celso Giannazi". Fundo mostra prédio envidraçado; cores preto, branco e cinza. Texto: "Exaustão não combina com Educação!".Os profissionais da Educação da cidade de São Paulo estão exaustos. A sobrecarga de trabalho é desumana, a rotina massacrante. Além da enorme carência de profissionais na rede municipal de ensino, muitos servidores que poderiam trabalhar ao lado de casa hoje são obrigados a atravessar a cidade inteira. Alguns ficam mais tempo no trânsito do que na escola!

Resultado? Os servidores da rede de ensino estão adoecendo!

É possível mudar essa realidade. O prefeito Ricardo Nunes tem poder para isso. Mas terá interesse ou empatia com o sofrimento dos profissionais da Educação? Aparentemente não!

O déficit de trabalhadores poderia começar a ser resolvido com a convocação de todos os servidores aprovados nos concursos da Educação. Milhares de Auxiliares Técnicos de Educação (ATE) e Professores de Educação Infantil (PEI) aguardam a convocação neste exato momento. Tanta demora é um completo absurdo! 

Em maio de 2025, ao lado da deputada federal professora Luciene Cavalcante, me reuni com o Secretário Adjunto da SME. Após a nossa cobrança, os concursos de ATE e PEI foram prorrogados por mais um ano. 

Agora o prefeito precisa convocar todos os aprovados nesses concursos e também no concurso de Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I (PEIF). Isso é urgente! Como membro titular da Comissão de Educação da Câmara, cobrei o secretário Fernando Padula em uma Audiência Pública.  

 Mas a convocação não basta! É preciso aumentar o número de cargos na rede. Para ampliar o módulo de ATEs nas escolas, apresentei um Projeto de Lei (PL 508/25) na Câmara. Se a minha proposta for aprovada, serão mais 8 mil cargos!

É justo atravessar a cidade inteira quando você poderia trabalhar ao lado de casa? A resposta, óbvia, é não. 

Porém, é isso o que está acontecendo em São Paulo. Diariamente, os servidores precisam ficar horas no trânsito. Eles poderiam participar do concurso de remoção da Prefeitura e, gradualmente, ir se aproximando de casa, trabalhando em escolas mais próximas. Isso é melhor para o aprendizado dos alunos e para a saúde dos educadores. Todo mundo ganha! 

Então por que isso não acontece? Em setembro de 2023, o prefeito Ricardo Nunes, por meio do Decreto 62.747, restringiu esse direito. Desde então, servidores em estágio probatório não podem participar do concurso de remoção. São, no mínimo, três anos de tortura. Essa medida é cruel e irracional! 

Muitos adoecem ou até mesmo abandonam a rede municipal nesse período. Para mudar isso, acionei a justiça do lado do deputado estadual Carlos Giannazi e a deputada federal professora Luciene Cavalcante. Juntos formamos o coletivo Educação em 1° Lugar! 

No início de setembro, a justiça suspendeu a proibição da remoção para servidores em estágio probatório. Isso é resultado da ação do nosso coletivo! O Ministério Público já havia se manifestado favoravelmente aos educadores. Para o juiz responsável pela liminar, a Lei não estabelece qualquer distinção entre servidores efetivos e em estágio probatório. É o começo do fim dessa política desumana e irracional do prefeito Ricardo Nunes!

Na Câmara Municipal, apresentei o PDL 85/25 para sustar os efeitos do Decreto desumano de 2023. Sigo cobrando o Secretário Municipal de Educação e o prefeito para que todos tenham direito à remoção. Além disso, é urgente a convocação de todos e a realização de novos concursos públicos. Sem isso, os servidores continuarão adoecendo. A Educação perde! O futuro fica mais distante!  

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