
Nas últimas semanas, tratei aqui sobre o desmonte da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e das dificuldades enfrentadas pela rede pública de ensino. Esses debates não são isolados. Eles fazem parte de uma preocupação central do nosso mandato: a defesa da educação como direito de todas e todos, prioridade que orienta cada passo da nossa atuação na Câmara Municipal e nas ações diretas junto às comunidades.
É por isso que, além de denunciar o desmonte das políticas educacionais, temos investido na construção de alternativas que apontem para outro caminho. Um exemplo é a criação do cursinho comunitário Educar Liberta, no Itaim Paulista, que oferece preparação gratuita para vestibulares a jovens da periferia. A cada aula, reafirmamos a convicção de que a universidade não pode ser um privilégio de poucos, mas sim um espaço acessível a todas e todos que sonham com um futuro melhor.
Esse projeto nasce da mesma inspiração que guia o Coletivo Educar Liberta, formado por educadoras e educadores comprometidos com a construção de uma escola pública de qualidade social e antirracista, baseada nos ensinamentos de Paulo Freire. Desde março de 2023, o Coletivo promove debates, estudos e formações que ampliam o olhar sobre o currículo escolar e sobre a cidade, sempre com foco na inclusão daqueles que historicamente foram invisibilizados.
Nosso mandato também leva essas ideias para o campo legislativo. Destaco o PL 78/2023, que propõe cotas de passagem gratuitas para estudantes de cursinhos populares; o PL 524/2024, que cria o Observatório Municipal de Educação Antirracista; e o PL 446/2023, que prioriza investimentos em práticas antirracistas nas escolas municipais. São iniciativas que reforçam nossa convicção de que a transformação social passa, necessariamente, pela educação.
Também temos dialogado diretamente com profissionais da educação das redes municipal e estadual, participando de formações em diferentes escolas da cidade. Nessas trocas, o que emerge é a necessidade de políticas públicas que respeitem o chão da escola, os desafios cotidianos e a diversidade que compõe a comunidade escolar.
Educar liberta. Essa não é apenas uma frase de efeito: é a síntese de um compromisso que seguimos firmes em defender. A educação é o caminho para superar desigualdades, combater o racismo e abrir horizontes de dignidade para o nosso povo. Por isso, enquanto alguns insistem em desmontar o que foi conquistado, nós seguiremos na luta para reconstruir, ampliar e transformar.
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