A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga o contrato da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) com a prefeitura da capital paulista foi aprovado na manhã desta quarta-feira (10/6). O texto final sugere a criação de uma agência reguladora para fiscalizar o contrato (clique aqui para ler o relatório completo).

Em relação à possível falta de planejamento da Sabesp nos últimos anos e o que poderia ter ocasionado a crise dos sistemas de abastecimento, principalmente o Cantareira, o relator da CPI, vereador Nelo Rodolfo (PMDB), preferiu não se aprofundar na questão. “Eu não posso falar em falta de planejamento. Acho que a cidade de São Paulo e a Sabesp não imaginavam que haveria falta de água e acho que a prefeitura deve tomar alguns cuidados. Esse é o maior contrato que ela tem e ele precisa ser melhor fiscalizado, precisa ser atualizado anualmente”, disse.

Os trabalhos da CPI começaram em agosto de 2014 e mais de 60 reuniões transcorreram no período. Foram ouvidos promotores, o atual presidente, a ex-presidente da Sabesp e representantes de entidades da sociedade.

O presidente da CPI, Laércio Benko (PHS), acredita que se o texto do relatório for acatado pelo Executivo é possível amenizar a crise hídrica. “Foi um relatório muito abrangente, foram aprovadas várias recomendações. Dentre as quais destaco a remessa de cópias desse relatório para a Bolsa de Valores de Nova York para que lá eles possam ter a noção do que está acontecendo aqui em relação à crise hídrica e que a água está sendo utilizada para a obtenção de lucro ao invés de ser algo necessário à subsistência humana.”

Ainda segundo Benko, o relatório é o começo do ressarcimento para a população de São Paulo “de tudo o que ela sofreu nas mãos da Sabesp”