Em Sessão Solene realizada nesta sexta-feira (12/12), a Câmara Municipal de São Paulo concedeu a Salva de Prata à Fundação Cásper Líbero pelos 100 anos da Corrida Internacional de São Silvestre – corrida de rua mais tradicional e prestigiada do Brasil e da América Latina. O evento, que reuniu autoridades, representantes da Fundação, atletas e amantes do esporte, teve o apoio da vereadora Renata Falzoni (PSB).
Na justificativa da proposta, Falzoni citou cinco motivos para a concessão da maior honraria do Legislativo Paulistano: símbolo histórico e cultural; legado da Fundação; organizadora centenária e promotora de cidadania; celebração do centenário – patrimônio afetivo e esportivo; e relevância e reconhecimento público.
“Quer coisa melhor do que a São Silvestre? Olha que incrível! Uma corrida de rua que aconteceu durante a segunda guerra mundial inteira, sem nenhuma interrupção. A única interrupção que ela teve foi no ano da pandemia da Covid-19, em 2020. Então, eu estou aqui muito feliz de prestar essa justa homenagem à Fundação Cásper Líbero, por esse evento tão marcante para a cidade de São Paulo”, destacou Renata Falzoni.
A história da prova
Idealizada pelo jornalista Cásper Líbero em 1925, a São Silvestre tem sido um marco do fim do calendário esportivo todos os anos no Brasil. A corrida, que atrai corredores de todos os Estados do país e também de diversas partes do mundo, conta com um percurso de 15 km. A prova começa na Avenida Paulista, em frente ao número 2084, e termina na Fundação Cásper Líbero, na mesma avenida.
O prestígio e a importância para os corredores ficam evidentes com a grande procura que ela provoca a cada edição, tornando-se uma meta entre os atletas amadores e profissionais. Em 2025, a corrida atingirá o centenário em meio a uma celebração que promete marcar o fechamento de um ciclo e o início de uma nova era para o evento.
“É uma prova múltipla, para todos os gêneros, para todos os gostos, para atleta profissional, para atleta amador, para quem vai curtir, para quem vai pagar uma promessa ou por simples realização pessoal, enfim. É uma prova democrática, para o povo. Ficamos muito felizes de receber essa homenagem aqui na Casa do povo”, ressaltou Erick Catelheiro, diretor-executivo da São Silvestre.
Representando a Fundação Cásper Líbero, o superintendente administrativo e financeiro, Laerte Gueller Junior, agradeceu a homenagem e destacou que o compromisso da instituição é aprimorar ainda mais o evento nas próximas edições.
“A Fundação Cásper Líbero está empenhada em melhorar muito essa corrida ainda. Fazer com que o atleta se sinta abraçado por essa prova. Tanto que a Fundação está criando uma área própria de provas esportivas”, comentou Laerte.
Heróis da São Silvestre
Além da homenagem à instituição que leva o nome do criador da corrida, a Sessão Solene também contou com homenagens aos chamados “heróis da São Silvestre”. Uma forma de reconhecer autoridades, pessoas e atletas que marcaram esses 100 anos da história da prova.
Nomes como o da deputada federal Tabata Amaral, do deputado estadual Eduardo Suplicy e do bicampeão José João da Silva (1980 e 1985), foram lembrados. Quem não pôde comparecer ao evento, mandou um vídeo de agradecimento que foi divulgado durante a Sessão Solene.
“Assim como muitas pessoas, eu precisei ficar bastante doente para entender que esse negócio de atividade física não é brincadeira. Estou muito feliz de estar aqui e muito animada para essa 100ª edição da nossa corrida favorita e que vai ser a minha terceira”, enfatizou Tabata Amaral.
“Ser o primeiro vencedor dela, na fase mundial, foi um impacto em tanto na minha vida. Costumo dizer que virou a minha vida de cabeça para baixo. E o esporte é isso. O esporte é emoção pura, né? Eu agradeço por ser lembrado neste momento tão importante. Os 100 anos da corrida de rua mais clássica do mundo”, contou José João da Silva.
A íntegra da Sessão Solene da entrega da Salva de Prata pode ser conferida neste vídeo.
