Fórum debate gravidez de mulheres em situação de vulnerabilidade

Por: - DA REDAÇÃO

23 de fevereiro de 2015 - 20:45

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Fórum abordou planejamento familiar e como lidar com gestação de mulheres em situação de risco social          Foto: André Bueno / CMSP

O 32º Ciclo de Debate Município Saudável, promovido pelo vereador Natalini (PV) na noite desta segunda-feira (23/02), no auditório Prestes Maia da Câmara Municipal, abordou a gravidez em mulheres vulneráveis. O Fórum discorreu sobre planejamento familiar e como lidar com a gestação de mulheres em situação de risco social.

De acordo com pesquisa realizada pela Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz), encomendada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e divulgada pelos Ministérios de Justiça e Saúde, mais da metade das usuárias de crack já engravidaram pelo menos uma vez desde que iniciaram o uso do entorpecente.

“As mulheres que fazem uso de drogas não tem a razão funcionando, praticam sexo de maneira fútil, venal, acabam engravidando e colocando em risco a vida dela e da criança. Nossa preocupação aqui foi propor medidas que possam colaborar”, pontuou Natalini.

Nos casos em que a gestante vive em condições precárias e sob o efeito de drogas, a doutora Rossana Pulcineli Vieira, professora da Faculdade de Medicina da USP, defende uma preocupação maior, que não se restrinja apenas às questões médicas. “Essa população vive à margem, então tem os riscos psicológicos, tem o risco de essa gestação acabar com uma situação em que a criança seja acolhida e não fique com a mãe”, opinou a especialista.

De acordo com a doutora Isabel Cristina Sorpreso, professora da Faculdade de Medicina da USP, a prevenção da gravidez em mulheres que estão em situação de risco social no país ainda é deficitária. “Não basta uma ampliação da anticoncepção, nós precisamos permitir o acesso, mas atualmente nem todos os métodos contraceptivos atendem as necessidades dessas mulheres com vulnerabilidade”, afirmou.

A Fiocruz também apontou que em um universo de 24 mil gestantes do nono mês, 55% disseram não terem planejado a gravidez.

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