CPI dos Pancadões: colegiado não descarta condução coercitiva para intimados que se negaram prestar esclarecimentos

Por: FELIPE PALMA
DA REDAÇÃO

11 de setembro de 2025 - 13:09
Foto mostra o Plenário 1º de Maio da Câmara Municipal de São Paulo durante a reunião de 11 de setembro de 2025 da CPI dos Pancadões, sentado no ponto central da mesa, está o presidente da CPI, vereador Rubinho Nunes, usando terno escuro e camisa clara. Há servidores e outros funcionários de pé e em volta dele. Um operador de câmera filma ao centro. Fundo de mármore claro, crucifixo na parede e telão à direita com transmissão da reunião. Ambiente iluminado.Douglas Ferreira | REDE CÂMARA SP

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Pancadões apreciou apenas um requerimento na reunião desta quinta-feira (11/9). Convidado a colaborar, um representante do PSIU (Programa de Silêncio Urbano) da Prefeitura de São Paulo, além de seis intimados, entre eles o cantor e compositor MC Ryan, não compareceram à Câmara Municipal de São Paulo.

Presidente da Comissão, o vereador Rubinho Nunes (UNIÃO) criticou a ausência das pessoas que foram chamadas pelo colegiado e declarou haver a possibilidade de conduções coercitivas. Em entrevista à Rede Câmara SP, ele ainda contou que influenciadores digitais, o funkeiro Mc Ryan, proprietários de adegas e tabacarias se furtam da obrigação de vir à CPI prestar esclarecimentos acerca dos fatos investigados.

“É lamentável isso, eu vejo como um indício de culpabilidade, do contrário compareceriam espontaneamente e se não fosse possível a data agendada, ajustariam um dia com a Comissão. Mas, o ponto mais lamentável, na minha leitura, é a ausência de José Dimas de Paula, assessor técnico chefe do PSIU. Ele é servidor público e tem a obrigação de prestar esclarecimentos quando convidado ou convocado pela Casa, porém não compareceu e sequer nos respondeu. Agora foi convocado e caso se furte pode responder por crime de responsabilidade.”

O parlamentar que preside a CPI dos Pancadões explicou também que conduções coercitivas já foram pedidas pelo setor técnico da Comissão. “A medida será adotada para convidados que deliberada e repetidamente evitam comparecer ao grupo. Já pedimos à CPI que adote as medidas legais para presença destas pessoas, agora aguardamos respostas da justiça.”

Requerimento

O único documento apreciado e aprovado durante o encontro pede o convite de Carlitos Santos Silva, morador da comunidade de Paraisópolis, zona sul da capital paulista. Chamado para colaborar como testemunha pelo vereador Sargento Nantes (PP), o munícipe deve trazer informações relativas aos pancadões na região.

A reunião, conduzida pelo vereador Rubinho Nunes (UNIÃO), pode ser vista neste link.

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