Nesta quinta-feira (05/03), a CPI da Pedofilia da Câmara Municipal de São Paulo instalou seus trabalhos e elegeu vice-presidente o vereador Quito Formiga (PR). O presidente é o vereador Marcelo Aguiar (PSC) e o relator é o vereador Carlos Alberto Bezerra Jr. (PSDB).
As reuniões da CPI serão às quintas-feiras às 11 horas quinzenalmente. Estiveram presentes à primeira reunião os vereadores Marcelo Aguiar, Quito Formiga, Carlos Alberto Bezerra Jr., Floriano Pesaro (PSDB), Netinho de Paula (PCdoB), Juliana Cardoso (PT) e Sandra Tadeu (DEM).
Na reunião de instalação, estiveram presentes os deputados estaduais José Bruno (DEM) e Major Olímpio (PV), que acompanharam de perto as audiências que a CPI da Pedofilia do Senado Federal realizou em São Paulo.
“Sonho que a Assembleia fosse um poder mais harmônico e independente como se porta a Câmara. Tenho certeza que a CPI vai esbarrar em circunstâncias altamente constrangedoras. Mesmo sendo um velho policial me prostrou ver barbaridades cometidas contra crianças de colo”, declarou o deputado Major Olímpio.
“Fiquei estarrecido com as imagens e com a maneira como o mal se estabelece na mente criminosa de um ser humano. Quero me colocar à disposição dessa CPI para que a gente possa trocar ideias”, ressaltou o deputado Bruno, que propôs uma CPI de combate à pedofilia na Assembleia, mas que ainda se encontra na fila de espera.
Ouvido pela nossa reportagem, o vereador Marcelo Aguiar passou em revista os desafios que a CPI tem pela frente. “Nós não podemos esquecer que na cidade de São Paulo os números são alarmantes. O crescimento da pedofilia tem sido absurdo. O prejuízo que traz às crianças e à saúde pública é muito grande. Nós temos mais ou menos, em 2008, 56% dos atendimentos que abrangem a faixa etária de 10 a 19 anos. De zero a nove anos, nós temos, entre 1939 indícios de violência contra crianças, 845 agressões sexuais, o que representa 43,6% dos atendimentos.”
“Nesse momento, nós temos uma CPI em nível federal. Nós temos aqui em São Paulo a responsabilidade não somente de investigarmos, mas colhermos o melhor dessas experiências nacionais e aplicarmos na cidade para que tenhamos uma legislação mais moderna e efetiva na repressão desses criminosos que lamentavelmente estão soltos”, opina o relator Bezerra Jr.
O relator formulou a preocupação de a Comissão não encontrar a clareza apropriada na definição do seu foco, do seu fato determinado. “Quando se fala nessa questão do abuso sexual da criança você tem vários temas que são correlatos: tráfico de pessoas, drogadição, tráfico de drogas, prostituição. Um grande risco que se corre ao investigar, se não se tiver foco, é se perder nessa variável enorme de nuances de todos esses temas. Então, é muito importante que a CPI tenha uma estratégia definida”, finaliza.
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CPI da Pedofilia instala seus trabalhos
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