CPI da Feira da Madrugada vai ouvir trabalhadores antes do relatório final

28 de novembro de 2017 - 16:14
Foto: Luiz França/CMSP

A CPI se reuniu no Salão Nobre da Câmara na manhã desta terça-feira

ELDER FERRARI
DA WEB RÁDIO CÂMARA

A CPI da Feira da Madrugada vai ouvir reivindicações dos trabalhadores para encaminhá-las à Prefeitura e ao Consórcio Circuito de Compras S.A. antes do fechamento do relatório final, que deverá ser apresentado no dia 12 de dezembro. O presidente da CPI, vereador Adilson Amadeu (PTB), explicou que ainda há interesses difusos em relação à Feira da Madrugada que precisam ser resolvidos da melhor maneira possível.

Amadeu afirmou que uma reunião do Comitê Intersecretarial da Prefeitura de São Paulo, realizada no último dia 25 de novembro, determinou que a desocupação da atual Feira da Madrugada e a consequente transferência para o Complexo Provisório conhecido como Amarelão será feita até o fim do ano.

“As secretarias se reuniram e decidiram que a transferência para o Amarelão será realizada até o dia 27 de dezembro. Essa não é uma decisão da CPI. O que nós faremos é apresentar o relatório final e encaminhar ao Ministério Público”.

A CPI deveria ter tratado do estacionamento da Feira da Madrugada na reunião desta terça-feira, mas os convidados não se apresentaram, alegando que tinham outros compromissos.

Diante das ausências, os vereadores resolveram convocar para próxima reunião (5/12) os sócios-proprietários da Diastur e da Logitechtrans Gerenciamento de Projetos de Transportes Ltda, José Romano Neto e Milena Braga Romano. Também será convocado o chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Trabalho e Empreendedorismo, Pedro Henrique Somma Campos.

O relator da CPI da Feira da Madrugada, vereador Camilo Cristófaro (PSB), entendeu como desrespeitosa a ausência dos convidados e explicou a importância dos depoimentos deles à CPI.

“Ninguém sabe o que o estacionamento fatura, quanto fatura, porque fatura. Não tem um recibo, não paga ISS (Imposto sobre Serviço), ninguém sabe nada, ou seja, uma caixa preta”.

A CPI também vai organizar uma visita de dez trabalhadores com TPU (Termo de Permissão de Uso) ao Amarelão e à Tenda Anexa, que representa cerca de 2,4 mil boxes. O presidente Adilson Amadeu (PTB) entende ser importante proporcionar essa visita para que os que estão criticando possam conhecer os avanços do espaço provisório. Ele fez a afirmação baseado na 2ª diligência da CPI no localrealizada no último dia 23 de novembro.

“Muitas pessoas que vinham aqui reclamando gostaram demais do piso, dos sanitários, do local, da chegada dos ônibus. Eles tinham um espaço inadequado e quando encontram o espaço provisório chegam à conclusão que é de razoável para bom.”

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