O Câmara na Rua, projeto de participação política e transparência da Câmara Municipal de São Paulo, pode ser visitado neste sábado (01/11) a partir das 9h no CEU Paraisópolis. Na primeira hora os moradores têm acesso a uma feira interativa que mostra o que são vários setores do Legislativo paulistano e como funcionam processos, como a aprovação dos Projetos de Lei nas comissões e no plenário. Já a partir das 10h, qualquer cidadão pode falar sobre as demandas da região para os vereadores na tribuna popular.
Esta é a penúltima edição do Câmara na Rua em 2025, que já percorreu todas as regiões de São Paulo. Na edição passada, no CEU Guarapiranga, a população clamou por mais segurança e vagas de educação inclusiva.
“Continuamos levando a Câmara para perto dos cidadãos. Esperamos que a população participe e nos mostre os pontos mais sensíveis para que os vereadores possam se debruçar sobre estas demandas”, diz o presidente da Câmara, vereador Ricardo Teixeira (União Brasil).
SERVIÇO
Câmara na Rua
CEU Paraisópolis
Data: 01/11 – sábado
Local: Rua Doutor Jose Augusto de Souza e Silva, S/N – Jardim Parque Morumbi
Horário: A partir das 9h00
Evento gratuito
CONSIDERAÇÕES, PROPOSTAS E SUGETÕES PARA A CIDADE DE SÃO PAULO
De Flavio de Moura Doria
Para Vereadores da Cidade de São Paulo
O Estado é a maior organização da sociedade e tem por compromisso social buscar a felicidade e bem viver das pessoas.
Como observador da cidade tomo a liberdade de registrar considerações, propostas e sugestões, me colocando, voluntariamente, a disposição de sua gestão para apoiar na análise e viabilidade do encontro de boas soluções.
Destaco a seguir algumas considerações iniciais:
1. Compensação:
O mecanismo da compensação vem sendo usado e aplicado com sucesso nas operações urbanas e no meio ambiente. Existe a possibilidade de ampliação deste mecanismo para a habitação de baixa renda, educação, equilíbrio urbano, recuperação de mananciais. É um mecanismo muito interessante de ser mais explorado politicamente.
2. Urbanismo:
A cidade de São Paulo, como uma das maiores concentrações urbanas do mundo, requer abrigar sua população dignamente, preservar e dar vida ao seu meio ambiente e buscar um bem estar sócio econômico para todos.
A regulação fundiária é o caminho inicial para a urbanização adequada nas áreas de baixa renda e para dirimir os altos custos de cartório a PMSP poderia oferecer um pré cadastro gratuito e com isso ter uma visão sistêmica das regiões da cidade.
A divisão de matrículas de imóveis residenciais em bairros com prevalência de casas. Permitir e incentivar! Notasse que muitas habitações têm dimensão acima dos padrões das necessidades das famílias, são imóveis com áreas suficientes para serem transformados em dois, três ou até quatro moradias, prática usual na Europa, permitindo uma oferta de residências com tamanhos e valores variados, correspondentes a características sócio econômicas e de faixas etárias diferentes.
A democratização e melhor ocupação destes imóveis pode dar vida a bairros que começam a ficar abandonados, manter ou até aumentar a arrecadação fiscal do município, este incentivo pode ainda entrar como compensação ambiental e econômica para outros empreendimentos na cidade.
Nossa cidade tem uma enorme distância sócio econômica necessitando abrigar a população pobre dignamente, com proximidade a seu trabalho. Temos exemplos destes projetos, de condomínios populares em áreas nobres, que foram tratados na conversão de áreas de favela e compensação de investimentos imobiliários, estes programas podem ser incrementados com a divisão de matrículas.
Os bairros com estes projetos devem restringir a circulação de veículos, com o planejamento do viário adequado prioritariamente para os moradores, reduzindo as mãos duplas nestas vias.
Estas regiões podem ser transformadas em reservas ambientais da cidade resultando em:
Maior oferta de moradias;
Manutenção ou aumento da arrecadação fiscal;
Manutenção das áreas verdes da cidade com a possibilidade de adequar o pavimento para a nova demanda viária de forma a conquistar mais áreas verdes e de melhor percolação.
Beneficiar estes proprietários com o direito de vender este ativo ambiental para a compensação de outros empreendimentos.
O plano diretor deve identificar e registrar o caminho das águas! Nossos rios foram canalizados e transformados em avenidas. Temos que pensar em São Paulo 100 anos à frente e o que podemos fazer com relação a esta condição natural deste ciclo fundamental para a sobrevivência humana que é a Água!
A verticalização é menos impactante do que parece contanto que as áreas verdes possam ser expandidas, minha proposta para isso é de que haja uma legislação que estabeleça que a altura de um edifício seja proporcional a reserva de seu entorno, este plano pode ser escalonado cronologicamente incluindo modelos de compensação ambiental chegando a proporção da atura de um edifício ser o raio de sua área verde!
Vivemos um CRIME Urbano na cidade de São Paulo com o fim dos recuos de grandes edifícios, é preciso reverter esta legislação.
3. Mobilidade
O transporte sobre trilhos tem uma característica disciplinadora por estar sobre trilhos, alimentado eletricamente oferece a possibilidade de receber sua energia geometricamente associada, oferecendo um bom vetor ambiental.
Esta solução esta associada ao Metros, monotrilho e VLT.
Destas opções o VLT estará sempre mais próximo do usuário considerando a possibilidade de sua circulação no sistema viário. Este sistema cria impactos e por isso pode ser melhor aplicado, inicialmente, nas regiões periféricas e nas conexões com o sistema de maior porte que é o Metro. Iniciar esta implantação no Centro da cidade pode criar impactos que prejudiquem sua credibilidade e consolidação.
Buscar a modernização com a melhora da integração de sistemas e modais, estudar mais os sistemas intermediários entre ônibus e metro, o VLT em bairros que demonstre sua viabilidade técnica e econômica;
Encontrar a viabilidade dos bicicletários é um desafio, viabilidade econômica.
4. Rodízio de veículos e custo de circulação
Assunto para conversa pessoal, ideia para debate!!!
5. Maior monitoramento IDH das comunidades dos bairros, e através de aplicativos buscar o direcionamento econômico para melhorar o fluxo dos recursos públicos e privados disponíveis para as áreas mais carentes;
6. Criação de oficinas e centros de educação técnica nas comunidades de baixa renda, ocupando e instruindo a comunidade, principalmente os jovens com: culinária; corte e costura; mecânica automobilística e de recuperação de equipamentos etc. assunto que pode ser tratado com a iniciativa privada e por compensação de empreendimentos.
7. Criar melhores métodos de compras públicas para identificação de competência técnica e combate a corrupção;
8. Um dos maiores recursos na PMSP é o lixo. Neste caso criar e melhorar a integração de pessoas envolvidas na reciclagem de forma a direcionar recursos e melhor aproveitar as comunidades de baixa renda envolvidas, dar mais apoio ao catador dos resíduos solidos;
9. Segurança: integrar melhor todas as organizações envolvidas (o sistema de câmeras implantado parece que está funcionando;
10. Morador de rua: Aplicar condições humanas e disciplinares, uma não funciona sem a outra!
O banho e a alimentação é o primeiro caminho, na sequência o diagnostico cívico e de saúde. Abrigo e trabalho se possível. Questão muito crítica.
São Paulo, 30 de outubro de 2025
Att Flavio de Moura Doria