Câmara descarta votar reforma da previdência de servidores municipais neste ano

Por: RAFAEL ITALIANI
DA REDAÇÃO

17 de outubro de 2017 - 18:00
André Bueno/CMSP

Reunião do Colégio de Líderes ocorreu nesta terça-feira na Câmara

A reforma da previdência municipal e a criação da Sampaprev (Entidade Fechada de Previdência Complementar da Cidade de São Paulo) não serão votadas pela Câmara Municipal de São Paulo neste ano. O anúncio foi feito pelo presidente da Casa, vereador Milton Leite (DEM), às lideranças do Legislativo Paulistano, nesta terça-feira (17/10), durante a reunião do Colégio de Líderes.

“É um Projeto de todo o interesse do funcionalismo. E este precede um amplo debate com a categoria. Se for a intenção do governo [pautar], não é a do presidente”, disse.

A matéria ainda é discutida amplamente no Congresso Nacional, em Brasília (DF), já que o governo Federal também quer fazer a reforma para o servidores da União.

O Projeto de Lei (PL) 621/2016 foi encaminhado à Casa em dezembro de 2016. Desde então o texto está em tramitação e chegou a ser pautado para a reunião desta quarta-feira da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Durante o Colégio de Líderes, o líder da oposição, Donato (PT), pediu informações ao presidente em relação ao andamento da reforma previdenciária municipal.

Em resposta, o líder do governo, Aurélio Nomura (PSDB), tranquilizou o petista. “Retiramos de pauta. Ia ser discutido amanhã o parecer, mas solicitei a retirada da pauta. Vamos aguardar a aprovação em Brasília para depois darmos andamento a esse Projeto”, disse.

A gestão anterior queria estabelecer um teto para o pagamento das aposentadorias municipais. A justificativa era a de reduzir o déficit que o Município tem com o pagamento do benefício para as próximas décadas.

Sem a mudança, a dívida previdenciária pode chegar aos R$ 84,4 bilhões. Para se ter uma ideia, o Orçamento previsto para o exercício de 2018 é de R$ 56,2 bilhões.

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