Promotor é contra construção de prédios no Parque dos Búfalos

3 de dezembro de 2014 - 21:33

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Promotor de Meio Ambiente José Roberto de Oliveira sinalizou para a necessidade de os governos municipal, estadual e federal preservarem áreas de mananciais. Durante depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Sabesp nesta quarta-feira (3/12), ele mostrou-se contra o projeto da prefeitura de construir unidades habitacionais no Jardim Apurá, zona sul da capital paulista.

A área em questão estava destinada para a criação de um parque, já conhecido como Parque dos Búfalos. No entanto, a medida aprovada pelo então prefeito Gilberto Kassab, que decretou o espaço como área de utilidade pública em 2012, foi revogada no ano passado para a construção de moradias populares.

“A construção desses prédios vai gerar um adensamento em um local que já está saturado e é perto de áreas de mananciais. A moradia é essencial e um direito da população, mas as próprias pessoas que moram na região já indicaram outros terrenos para construir essas habitações”, afirmou Oliveira. “Temos uma situação complicada e corremos risco de ficarmos sem água no próximo ano. Por isso, é necessário tirarmos uma lição dessa situação e preservar o meio ambiente”, acrescentou.

O vereador Mario Covas Neto (PSDB) também acredita que a área deva ser preservada. “Esse local fica na confluência da represa Billings e parece imprópria à construção de habitação ou qualquer outra atividade nesse espaço. O ideal é que seja um parque preservado, não apenas para preservar o manancial, mas também para lazer para a população”, declarou.

Para o vereador Nabil Bonduki (PT), a situação deve ser discutida. “Acho que precisaríamos analisar as condições legais, já que a obra foi licenciada e o projeto precisa respeitar o código florestal, ou seja, os limites são determinados. Além disso, a proposta inclui a implementação de um parque em uma área importante e é uma boa contrapartida para a cidade”, explicou.

Sabesp
Durante a reunião, o presidente da CPI, vereador Laércio Benko (PHS), também solicitou mais informações da Secretaria da Coordenação das Subprefeituras para entender melhor as autuações feitas pela prefeitura para a Sabesp.

“Recebemos aqui um documento da Secretaria das Subprefeituras em que mostravam autuações feitas para a Sabesp por vazamentos e outros problemas e que foram lavradas. Precisamos entender o que ocorreu para que multas com valores altos fossem anuladas”, afirmou.

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