O SR. PRESIDENTE (Eduardo Tuma – PSDB) – Senhoras, Senhores e Autoridades, está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos. A presente Sessão Solene se destina à entrega do Título de Cidadão Paulistano ao Sr. Dimas Eduardo Ramalho, nos termos do Decreto Legislativo nº 14, de 29 de março de 2017, de autoria do nobre Vereador Caio Miranda Carneiro, que contou com a aprovação unânime dos Srs. Vereadores desta Casa.
Passo a palavra à Sra. Cecília de Arruda, Chefe do Cerimonial do Palácio Anchieta, para a condução dos trabalhos.
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Senhoras, senhores, autoridades, boa noite! Sejam bem-vindos à Câmara Municipal de São Paulo.
Para compor a Mesa, convidamos a Sra. Deputada Maria Lúcia Amary, 2ª Vice Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo; e os Srs.: Desembargador Ademir de Carvalho Benedito, Vice-Presidente do Tribunal da Justiça do Estado de São Paulo; Anderson Pomini, Secretário Municipal de Justiça, representando, neste ato, o Sr. Prefeito de São Paulo, João Doria; Silvio Hiroshi Oyama, Presidente do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo; Conselheiro Dr. Sidney Estanislau Beraldo, Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo; Davi Eduardo Depiné Filho, Defensor Público-Geral do Estado de São Paulo; Conselheiro Domingos Dissei, do Tribunal de Contas do Município de São Paulo; Ricardo Ferrari, Procurador Geral do Munícipio; Edinho Silva, Prefeito de Araraquara; Vanderlei José Marsico, Prefeito de Taguaritinga; Reinaldo Carneiro Bastos, Presidente da Federação Paulista de Futebol; José Carlos Consenzo, representando, neste ato, Gianpaolo Poggio Smanio, Procurador Geral de Justiça; Eduardo Storópoli, Reitor da UNINOVE; Desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e Fernando Passos, Coordenador do Curso de Direito da Uniara, representando neste ato o reitor Professor Doutor Luiz Felipe Cabral Mauro.
Vamos receber calorosamente o proponente da Sessão Solene, Vereador Caio Miranda Carneiro e o homenageado desta noite, Conselheiro Dr. Dimas Eduardo Ramalho.
– Acompanhado do Vereador Caio Miranda Carneiro, adentra o plenário o homenageado, sob aplausos.
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Convidamos a todos para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Guarda Civil Metropolitana, sob a regência do maestro Marcos John.
– Execução do Hino Nacional Brasileiro.
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Registramos a presença dos Srs. Luiz Antonio Fleury Filho, ex-Governador do Estado de São Paulo; Samuel Moreira, Secretário de Estado da Casa Civil; Prof. José Renato Nalini, Secretário de Estado da Educação; Arnaldo Jardim, Secretário de Estado da Agricultura; João Carlos de Souza Meireles, Secretário de Estado da Energia; Deputado Estadual, Fernando Capez; Deputado Estadual Fernando Cury; Deputado Estadual Ramalho da Construção; Deputado Estadual Itamar Borges; Desembargador Oscild de Lima Junior, Presidente da Apamages; Desembargador Antonio Rulli Junior, Presidente do Copedem – Colégio Permanente de Diretores de Escolas da Magistratura; Desembargador José Joaquim dos Santos, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; Desembargador Benedito Silvério Ribeiro, Procurador do Copedem – Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura; Luiz Antonio Guimarães Marrey, Procurador de Justiça; Vereador Milton Custódio, Presidente da Câmara Municipal de Tuiuti; Emerson José da Mota, Prefeito Municipal de Torre de Pedra; Vereador José Batista de Carvalho Neto, Presidente da Câmara Municipal de Bebedouro; Marcelo Antonio Negro, Diretor de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Bebedouro; Ivan Francisco Pereira Agostinho, Presidente da Corregedoria Geral da Administração do Estado de São Paulo.
Agradecemos a presença dos Vereadores de São Paulo: Adriana Ramalho, Claudio Fonseca, Mario Covas Neto, Milton Ferreira, Ota, Ricardo Nunes e Toninho Paiva.
Agradecemos a presença dos Vereadores Edson Hel, 2º Secretário da Câmara Municipal de Araraquara; Waldomiro Carlos Zola, sempre Vereador de Bebedouro e Presidente do PPS – Partido Popular Socialista de Bebedouro; Jeferson Yashuda, Presidente da Câmara Municipal de Araraquara; e dos Srs. José Antônio Ramos, 2º Secretário da Câmara Municipal de Tuiuti; Rubens Nicaretta Chemin, do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo; Júlio Raposo do Amaral Neto, Analista de Gestão da Sabesp; Milton Terra, representando, neste ato, o Deputado Estadual Gilmar Gimenes; Guilherme Luiz da Silva Tambellini, Chefe de Gabinete da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo; Vera Stoicov, representando, neste ato, o Sr. Prefeito de Santos, Paulo Alexandre Gomes Barbosa; Caio Forcel, representando, neste ato, a Deputada Estadual Bete Saião; Lair Alberto Soares Krähenbühl, diretor do Secovi; Cassio Ferreira Netto e José Américo Lombardi, Advogados do Caesp – Conselho Arbitral do Estado de São Paulo; Engenheiro João Luiz Braguini, conselheiro do CREA/SP – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia; Vereador de Tuiuti, Élio Jardim; José Benedito de Oliveira, ex-Prefeito de Espirito Santo do Pinhal e Assessor do Secretário Arnaldo Jardim; Vereador Lucas Grecco, da Câmara Municipal de Araraquara; João Batista de Oliveira; Sérgio Murilo, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo; e Silvia Monteiro, Auditora Substituta de Conselheira e Coordenadora do Corpo de Auditores do TCE de São Paulo.
E neste momento ouviremos as palavras do Dr. Davi Eduardo Depiné Filho.
O SR. DAVI EDUARDO DEPINÉ FILHO – Boa noite a todos. Exmo. Sr. Vereador Eduardo Tuma, Vice-Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, que preside este ato; nobre Vereador Caio Miranda Carneiro, proponente desta importante e justa homenagem ao Dr. Dimas; Desembargador Dimas; Desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; Conselheiro Dr. Sidney Estanislau Beraldo, Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo; Dr. Silvio Hiroshi Oyama, Presidente do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo; Dr. Anderson Pomini, Secretário Municipal da Justiça, representando, neste ato, o Sr. Prefeito de São Paulo, João Doria; Deputada Maria Lúcia Amary, 2ª Vice-Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo; cumprimento também as demais autoridades, Secretários de Estados, Secretários Municipais, Deputados Estaduais, Vereadores e demais convidados presentes, em especial, ao Dr. Dimas Eduardo Ramalho, nosso homenageado no dia de hoje.
Para a Defensória Pública é uma honra poder fazer parte desta solenidade e prestar aqui uma singela homenagem ao Dr. Dimas. Quando Dr. Dimas assumiu a Presidência do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, em 2006, logo após essa assunção escreveu um artigo no jornal Folha de S.Paulo, que se intitulava: “Para além dos jardins do Tribunal de Contas.” Talvez seja essa a marca do Dr. Dimas, de transcender. Ele não só transcendeu a Faculdade de Direito do Lago de São Francisco, transcendeu a posição de Promotor de Justiça, transcendeu a posição de Deputado Estadual, de Deputado Federal, de Secretário de Habitação, de Secretário Estadual e Municipal. Chegou ao Tribunal de Contas do Estado e assumiu sua presidência em 2006, e conseguiu de fato, na sua presidência, transcender os limites do Tribunal de Contas, expandindo o Tribunal de Contas para além de suas fronteiras espraiando a função do Tribunal de Contas que muito além da fiscalização, é de orientação.
Eu, como gestor da Defensoria Pública, senti-me prestigiado pela Presidência do Dr. Dimas e esse mesmo espírito, hoje está presente na Presidência do Dr. Sidney Beraldo.
Nesse sentido gostaria de render aqui as homenagens da Defensoria Pública do Estado de São Paulo ao Dr. Dimas Eduardo Ramalho, Cidadão Paulistano, e desejar que essa cidadania seja cada vez mais transcendente.
Parabéns! (Palmas)
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Neste momento, anunciamos a entrada do Dr. Geraldo Alckmin, Governador do Estado de São Paulo. (Palmas)
– Adentra o plenário Dr. Geraldo Alckmin, S.Exa. Governador do Estado de São Paulo, sob aplausos.
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Agradecemos e registramos a presença dos Srs: Deputado Estadual, Dr. Ulysses; Deputado Estadual Campos Machado; Júlio Semeghini, Secretário Municipal de Relações Governamentais; José Mendes Neto, Procurador do Ministério Público de Contas; Paulo Delgado, ex-Prefeito de Taquaritinga; José Pantano, ex-Prefeito de Balsamo; Moisés Arruda, Secretário Municipal de Governo da Prefeitura de Araçariguama, representando neste ato a Sra. Prefeita Lili Aymar; Vereador Delloro Bilatto Serafim, Presidente da Câmara Municipal de São Sebastião da Grama; Ana Julia Rocha; Luiz Menezes Neto, Procurador Chefe da Procuradoria da Fazenda do Estado, junto ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo; Áureo de Almeida, Procurador do Município de Piquerobi; Sival Cavalcanti e Flávio Rodrigo, vereadores de Santa Lúcia.
Neste momento anunciamos as palavras o Conselheiro Sidney Estanislau Beraldo.
O SR. SIDNEY ESTANISLAU BERALDO – Boa noite a todos, inicialmente saudar nosso Governador Geraldo Alckmin, Governador de São Paulo; Vereador Eduardo Tuma, representando, neste ato, o Sr. Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, nobre Vereador Milton Leite, em seu nome todos os Srs. Vereadores aqui presentes, em especial o nobre Vereador Caio Miranda, proponente desta homenagem; Desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; Deputada Maria Lúcia Amary, 2ª Vice-Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, neste ato, representando o nosso Presidente, Cauê Magris; Anderson Pomini, Secretário Municipal da Justiça, representando, neste ato, o Sr. Prefeito de São Paulo, João Doria; Silvio Hiroshi Oyama, Presidente do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo; Davi Eduardo Depiné Filho, Defensor Público-Geral do Estado de São Paulo; Sr. Prefeito Edinho Silva, de Araraquara, em nome de quem saúdo todos os Prefeitos; Dr. José Carlos Consenzo, representando, neste ato, Dr. Gianpaolo Poggio Smanio, Procurador Geral de Justiça.
Amigo Conselheiro Dimas Ramalho, primeiramente quero saudar todas as autoridades – aqui só temos autoridades – citadas pelo cerimonial. Dizer da alegria da oportunidade de aqui na Câmara Municipal de São Paulo participar desse momento importante para todos nós.
Boa noite, senhoras e senhores, convidados para esta solenidade de entrega do Titulo de Cidadão Paulistano ao ilustríssimo amigo Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Dimas Eduardo Ramalho.
Ingressei no Tribunal de Contas do Estado no final de 2012, pouco tempo depois de Dimas Ramalho. Éramos os mais novos integrantes da Corte. Ainda nos adaptando aos desafios e responsabilidades impostas pela tarefa do controle externo. Trabalhando lado a lado, retomamos uma convivência de 1995, quando durante seis anos exercemos, juntos, mandato de Deputado Estadual. Claro, que depois disso, nos encontramos em várias oportunidades, ao longo de nossas carreiras no Executivo e no Legislativo. Mas foi na retomada da relação diária dos debates de plenário, na leitura de votos, que pude ver em Dimas a mesma energia que ele sempre devotou à vida parlamentar.
Dedicar-se à atividade pública nos dias atuais talvez seja uma das mais nobres e difíceis empreitadas, por isso devemos valorizar aqueles que exercem essa função com tanto desprendimento e empenho. Assim parabenizo a iniciativa desta Câmara Municipal, na figura do seu Presidente e do proponente, Vereador Caio Miranda, pela concessão do Título de Cidadão Honorário Paulistano a Dimas Eduardo Ramalho.
A pertinência de sua história justifica a homenagem da Cidade que o acolheu como estudante de direito do Largo São Francisco, que com espírito de liderança chegou à Presidência do Centro Acadêmico 11 de Agosto, que viu você brilhar na vida pública e continua a recebê-lo nos jogos daquele palácio do campo do Palmeiras. Aproveito também para cumprimentar a sua esposa, Andreia, e os filhos Marcelo e Horácio. Sei, até por experiência própria, que sua família muitas vezes foi obrigada a abdicar de sua presença, mas tenho a certeza também de que foi nela que você sempre buscou o incentivo para continuar na defesa do interesse público.
É uma imensa alegria poder participar desse evento e estou certo que falo em nome de todos os conselheiros e servidores do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Meu sincero desejo de muitas realizações futuras, parabéns, meu amigo, e grande abraço a todos.
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Anunciamos as palavras do Desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti.
O SR. PAULO DIMAS DE BELLIS MASCARETTI – Boa noite a todos. Cumprimento o querido, Dr. Geraldo Alckmin, nosso Governador; Vereador Eduardo Tuma, Vice-Presidente da nossa Câmara Municipal; Dr. Dimas Eduardo Ramalho, nosso querido homenageado nosso Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado; os familiares do querido Dimas: Andréia Ramalho, esposa, Horácio Ramalho Neto e Marcelo Augusto Silva Ramalho, filhos; Vereador Caio Miranda Carneiro, autor do projeto; Deputada Estadual Maria Lúcia Amary, nossa Vice-Presidente da Assembleia; Luiz Antônio Fleury filho, ex-Governador, sempre corintiano; Conselheiro Sidney Estanislau Beraldo, nosso querido Presidente do Tribunal de Contas do Estado; Silvio Hiroshi Oyama, nosso Presidente do Tribunal de Justiça Militar; Davi Eduardo Depiné, Defensor Público-Geral; José Carlos Cosenzo, Promotor de Justiça, representando o Procurador-Geral de Justiça; Anderson Pomini, Secretário Municipal de Justiça, representando o Prefeito; Maurício Faria, Vice-Presidente do Tribunal de Contas do Município, aqui representando do seu Presidente, Ricardo Ferrari, Procurador Geral do Município; Edinho Silva, Prefeito do Município de Araraquara, prazer em vê-lo aqui; querido Dr. Vanderlei Marsico, Prefeito de Taquaritinga; também conosco o reitor Eduardo Storópoli, da Universidade Nove de Julho e as demais autoridades aqui presentes.
São muitas autoridades no âmbito do Executivo, Legislativo e Judiciário. Eu vim aqui especialmente em nome da magistratura de São Paulo dar um abraço no meu querido xará, Dimas, que foi meu contemporâneo de faculdade. Lembro-me de quando estávamos lá, há tantos anos, 18 anos, uma vida naquela Universidade. Nós jovens com muitos sonhos e muitos ideais. Acho que não pensávamos em vida pública, em carreira jurídica, aonde chegaríamos depois de tantos anos. Estou completando 40 anos de formado e você se formou logo em seguida e a gente fica feliz que, depois de tanto tempo, nos encontramos e você sempre muito bem sucedido na carreira pública, um exemplo para todos nós.
Eu vi que você também não perdeu os sonhos, os ideais, e digo sempre que nós temos que continuar, com o passar do tempo, apesar de tantos anos de carreira, cada um abraçando a sua, apesar de todo o tempo, temos de continuar voando nas asas silenciosas dos nossos sonhos e dos nossos ideais. Esse voo não pode ser um voo cego e solitário... Tem que ser, em primeiro lugar, dirigido a objetivos maiores, a resultados positivos em favor daquilo que abraçamos, que é um interesse público. Fico feliz, sempre, por estar compartilhando nossos objetivos, nossos ideais, nossas ações, com tantas pessoas de bem, tantas pessoas ilustres. Vi aqui tantos amigos, pessoas queridas, pessoas importantes que vieram abraçar o Dimas. Aliás, em poucos eventos a gente vem aqui na Câmara e vê tanta gente aqui de todos os recantos do Estado para abraçar uma pessoa tão querida. Uma pessoa, apesar da importância, é uma pessoa simples, humana.
O mundo mudou muito, desde aquele momento em que passamos na universidade, hoje já falamos em inteligência artificial, em robôs, as pessoas sendo substituídas pela máquina e eu acho que nada substitui o humanismo e o ser humano dominando a máquina. Apesar de hoje vivermos num mundo tão diferente, o que deve se manter vivo dentro de nós é esse ideal de servir à sociedade.
Acho que todos aqui somos servidores, vemos aqui tantas pessoas da área municipal e estadual dos diversos poderes e acho que nós somos todos servidores públicos e com esse espírito e alegria de servir estamos aqui reunidos para prestar essa homenagem a você, que é o mais novo cidadão paulistano, mas é um cidadão do Estado de São Paulo. Vejo como você é querido em todos os municípios que a gente vai. Estive lá em várias solenidades quando você presidiu o Tribunal de Contas e sempre com aquele carinho, com aquele amor, as pessoas o abraçavam e olhavam nos olhos vendo aquele seu brilho tão especial que nos contagia. Fico feliz em vir aqui para te dar um abraço e dizer que estamos juntos. Estarei sempre admirando você e torcendo pelo seu sucesso. Muito obrigado.
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Gostaríamos de registrar e agradecer a presença dos Srs.: José Eduardo Longo, Presidente da Câmara Municipal de Santa Lúcia; Elio Esteves Junior, Secretário-Geral da Sociedade Esportiva Palmeiras; Luiz Anastácio, Secretário de Finanças da Força Sindical de São Paulo; Deputado Estadual Edmir Chedid; Peterson Ruan, Secretário de Finanças de Guarulhos; Francisco Sérgio Clapis, Prefeito de Taiuva; Mário Sasaki, Secretário-Adjunto da Fazenda de Guarulhos; Ex-Deputado Estadual Pedro Mori; Márcio Cammarosano, representando o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Dr. Marcos da Costa; Tenente Ivamar Ramalho, representando, neste ato, o Comando Militar do Sudeste; e Ignácio Maria Poveda Velasco, Secretário-Geral da USP, representado neste ato, o Professor Doutor Marco Antonio Zago, reitor da Universidade de São Paulo.
Neste momento ouviremos as palavras da Deputada Estadual Maria Lúcia Amary.
A SRA. MARIA LÚCIA AMARY – Boa noite a todos e a todas, quero cumprimentar o nosso Governador Geraldo Alckmin, muito obrigado por dar esse exemplo de gestão para o nosso País, através de São Paulo; quero cumprimentar o Presidente desta Mesa, Vereador Eduardo Tuma; Dimas, para mim, posso te chamar de Dimas, nosso grande companheiro que foi da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, pelo seu trabalho, pela sua postura e por tudo que você tem feito pelo Estado de São Paulo e pela nossa capital do Estado de São Paulo. Quero cumprimentar o Dr. Paulo Dimas, Presidente do Tribunal de Justiça; o Conselheiro Sidney Beraldo; Vereador Caio, que teve a grande oportunidade de homenagear uma pessoa do porte do Dr. Dimas; Dr. Pomini, representando aqui o Prefeito de São Paulo, João Doria e todos os Deputados. Estou aqui representando o Deputado Cauê Macris, Presidente da Assembleia, que não pode estar aqui, mas quero também cumprimentar os Deputados Ramalho da Construção, Edmir Chedid; Ulysses Tassinari; Fernando Capez; Itamar Borges; Campos Machado; Massafera, meu líder na Assembleia; Vinholi, todos os Deputados que estão presentes aqui.
Falo da importância, quando o então Deputado Dimas, que foi Deputado Estadual, Deputado Federal, fez muita falta para o Legislativo, mas tem feito um trabalho tão importante no Tribunal de Contas e tem aproximado a instituição da sociedade. Os prefeitos podem cometer muitos erros, muitas vezes, por falta de orientação e você tem feito esse papel de aproximação para que não fique focado no erro, mas focado no apoio para que possamos cada vez mais ter prefeitos mais responsáveis e comprometidos, que possam fazer com que haja desenvolvimento sustentável do Estado de São Paulo. Fico muito feliz de estar aqui hoje, mais como sua amiga, pela admiração que tenho por você dar esse exemplo e caminhar ao seu lado é sempre uma alegria muito grande, pela sua postura ética e comprometida.
Nós precisamos de pessoas e cidadãos no Estado de São Paulo que possam valorizar cada passagem que nós tivemos, o papel que estivemos desempenhado, que nós possamos ser um mensageiro de paz e que possamos contribuir para melhorar a sociedade.
Nós, enquanto legisladores, que possamos cumprir o nosso papel com compromisso, ética, respeito, responsabilidade, respeitando a independência dos poderes, mas que possamos trabalhar em harmonia, como reza a Constituição, os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, para que possamos ter uma democracia muito mais sustentável, uma justiça social no nosso País e que possamos contribuir para a diminuição das distâncias sociais.
Então, Dr. Dimas, como sua amiga, trabalhamos juntos na Assembleia Legislativa e foi sempre um orgulho caminhar ao seu lado. Um aprendizado a forma simples como disse o Dr. Paulo Dimas, essa forma humilde de conversar com todos nós. E, hoje, essa representatividade que está aqui mostra a importância do seu papel, o exemplo como homem público e onde sempre você desempenha o seu papel e você dá um exemplo para todos nós. É um verdadeiro brasileiro.
Essa Mesa está composta com Vereadores e todos que estão aqui, vieram para testemunhar uma justa homenagem a você. E nós da Assembleia Legislativa, em nome do Deputado Cauê Macris e todos os Deputados que estão aqui presentes vieram convalidar essa justa homenagem a sua pessoa. Esse privilégio do Vereador de estar hoje homenageando você. E todos nós temos a grande alegria de estar aqui com você por que é uma homenagem merecida e é mais um cidadão de São Paulo que nós temos orgulho de caminhar juntos.
Muito obrigado e parabéns.
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Gostaríamos de registrar e agradecer a presença do Vereador de São Paulo, Gilberto Nascimento; agradecemos ainda a presença do Dr. Fabrício Cobra Arbex, Secretário de Turismo de São Paulo; Toshio Toyota, Prefeito Municipal de Novo Horizonte; José Carlos Hori, Prefeito Municipal de Jaboticabal; Dirceu Pano, Prefeito Municipal de Américo Brasiliense; Deputado Estadual Marco Vinholi; Marcelo Gordo, juiz do Tribunal Regional Eleitoral; Arnaldo Acbas de Lima, Presidente da Associação Nacional dos Prefeitos; Maxwell Vieira, Diretor Presidente do Detran/São Paulo; José Guilherme Gomes, Prefeito de Riversul; Ana Carolina Lopes, representando neste ato o Deputado Federal Vitor Lippi; Vereador Ulysses Terceiro, da Câmara Municipal de Severínia; Rubens Tositto Júnior, Presidente do Clube Náutico de Araraquara; Oziel Souza, Prefeito Regional de Cidade Tiradentes de São Paulo; Paulo Motta, Conselheiro da Santa Casa de São Paulo; Mônica Ferreira Lima, Diretora da Apesp; Adriano Paciente Gonçalves, Controlador Interno da Prefeitura de Mauá.
Neste momento ouviremos as palavras do proponente da sessão solene desta noite, Vereador Caio Miranda Carneiro.
O SR. CAIO MIRANDA CARNEIRO (PSB) – Boa noite a todos e a todas. Eu achei que seria mais fácil, mas estou emocionado de estar aqui hoje. Quero agradecer ao nosso Governador, Dr. Geraldo Alckmin, pelo prestígio de estar aqui presente e parabenizá-lo pela serenidade de conduzir com liderança, é um grande exemplo de trajetória política que a mim me inspira e tenho certeza que a muitos e a todos aqui. Quero agradecer a meus colegas da Câmara, Vereadores aqui presentes, nosso Vice-Presidente, Eduardo Tuma, também jovem e engajado político, em quem também me inspiro, pela experiência e dinamismo que mostra aqui na Casa. Sempre me aconselho e tiro dúvidas aqui com ele quando posso. Agradeço o Dr. Anderson Pomini, advogado e amigo, hoje Secretário de Negócios Jurídicos da Capital representando o Prefeito João Doria, Dr. Silvio Hiroshi Oyama, Presidente do Tribunal de Justiça Militar; Dr. Davi Eduardo Depiné, Defensor Público-Geral, e aqui quero aproveitar para dizer que é uma honra ter a Defensoria presente, é uma carreira jovem que foi com muita luta construída e criada no Brasil e admiro muito o ofício de vocês. Vocês têm uma função nobre na sociedade. Obrigado por estar aqui hoje. Dr. Beraldo, Conselheiro Presidente do Tribunal de Contas do Estado, muito legal tê-lo aqui de novo. Trabalhei durante três anos no Tribunal e pude ter um contato, tanto com o senhor, como com a Conselheira Cristiana, que está aqui presente, quero agradecer a presença dela. Tanto o Dr. Beraldo, como a Doutora Cristiana e o Doutor Dimas representam a renovação e a juventude no Tribunal de Contas do Estado e é uma honra tê-lo aqui. Muito obrigado por estar aqui hoje. A Deputada Maria Lúcia, por representar Assembleia Legislativa, e as mulheres, bem lembrado, aliás, a Mesa está pouco representativa em termos de mulheres, mas temos uma grande representante e a Adriana Ramalho, também aqui presente, colega, jovem Vereadora. Então as mulheres estão muito bem representadas, embora não em quantidade com paridade com os homens.
Em nome dessas autoridades, cumprimento as demais, tem muita gente para nomear e não quero cometer a falha de esquecer alguém. Vou ser breve e mais do que dizer da trajetória do Dimas, que todos que estão aqui conhecem, seja por que são amigos ou por que trabalham juntos, ou porque são familiares. Vou começar falando por valores que o Dimas sempre passa para as pessoas que trabalham com ele e passou para mim: que é a gente valorizar quem está com a gente. A minha família está aqui presente, meu pai e minha mãe, a Bruna, então, em nome deles eu vou parabenizar a família do Dimas. Porque sem a família a gente não chega a lugar nenhum. A família está com a gente na hora boa e na hora ruim, então, tenho que fazer esse registro porque hoje a gente vive um momento que os valores estão se perdendo um pouco e a gente não pode ceder ao apelo de alguns discursos ideológicos que enfraquecem o valor da família. A família é muito importante, seja ela qual for.
O segundo ponto de alicerce de qualquer pessoa no trabalho principalmente é a equipe, então quero aqui agradecer a minha equipe e a equipe do Dimas e também todas as equipes aqui do Cerimonial da Câmara pelo esforço, comprometimento, engajamento para fazer esta cerimônia estar, hoje, bem prestigiada, representada para esta homenagem que o Dimas merece. Então obrigado às equipes, porque não fazemos nada sozinhos. Todos que assessoram são partícipes do erro e do acerto, por isso muito obrigado a todos vocês.
E por fim os amigos. Falando dos amigos hoje o Dimas é um amigo, é conselheiro não só do Tribunal de Contas, mas é um conselheiro para mim. E se hoje estou aqui na Câmara dos Vereadores é porque o Dimas me ajudou a fazer escolhas, tomar a decisão de tentar. A escolha de tentar já é difícil, ninguém gosta de errar, de perder e política é muito difícil, concorrer em eleições e no momento em que o Brasil está então nem se fala.
Hoje esta honraria de Cidadão Paulistano, a mais alta honraria que podemos conceder na Câmara, para o Dimas Ramalho, eterno Presidente porque foi Presidente do XI de Agosto. E essa é uma coisa que ele me ensinou também – ele me chama de Pixote, meu apelido do tempo de Atlética –, e fala assim: Pixote, você tem de pensar o seguinte, nunca em sua vida você vai ter outra honraria do que a de ter sido Presidente do XI de Agosto. Enfim, só quem foi vai entender e ele fala isso e insiste.
E hoje conectando as coisas, o símbolo por trás disso é que os amigos que você faz na faculdade, momentos na vida em que você está construindo sua formação são levados para a vida. Acho que esse é o símbolo do XI de Agosto. Então aqui já quero agradecer e parabenizar o Gustavo Ungaro e Paulo Henrique que também são presidentes porque no XI de Agosto começamos a vida política. E é onde o Dimas começou a vida política, na década de 70, e dali para frente não parou mais. Lutando pelas Diretas Já, estando junto ao Professor Goffredo da Silva Telles na leitura da Carta aos Brasileiros.
Depois o Dimas passou no concurso, se tornou Promotor de Justiça, foi para o interior. É natural de Taquaritinga e em Araraquara se erradicou e construiu uma trajetória que vou super resumir. De Promotor de Justiça se tornou Deputado Estadual por três vezes, depois Deputado Federal por três vezes e nesse percurso foi Secretário de Estado e Secretário do Município de São Paulo.
A ligação do Dimas com a cidade de São Paulo começa já desde a faculdade. Trabalhou no Departamento jurídico do XI de Agosto que presta há mais de 80 anos assessoria jurídica gratuita para quem não tem acesso, num momento em que ainda não havia assessoria jurídica do PAJ, não existia Defensoria Pública.
Depois de estudar aqui no Centro, Largo São Francisco, nunca mais o Dimas se separou da cidade de São Paulo. Sempre esteve presente, ligado em todas as posições que ocupou sempre se preocupou com a Cidade. Quando era Deputado Federal, eleito pelo Estado todo, assumiu o desafio de vir ser Secretário aqui na cidade de São Paulo. Foi criticado no interior porque não havia sido eleito só por São Paulo, mas em São Paulo não vivem só os paulistanos. É uma Cidade cosmopolita que recebe gente do Brasil e do mundo todo. Meu pai é pernambucano e viveu aqui, conheceu minha mãe e constituiu família aqui. São Paulo é isso, uma Cidade de mistura, de receber as pessoas e o Dimas faz parte disso, natural de Taquaritinga e é paulistano já há muito tempo e hoje está tendo esse reconhecimento.
O motivo que me fez conceder esta honraria assim que entrei na Câmara, tomei posse em dois de janeiro, e a primeira coisa que pensei foi em valorizar muito a possibilidade que um Vereador tem de dar uma honraria. Pode-se dar uma Salva de Prata para uma instituição, a Medalha Anchieta para quem é paulistano e o Cidadão Paulistano para quem não é. E sem dúvida escolhi o Dimas Ramalho, a primeira pessoa, pela trajetória, pelo legado das ações, de todos os ensinamentos que ele passou ao longo do contato que tive como profissional da equipe dele e como amigo depois.
Trabalho muito com rede social e há pessoas que falam que Título é bobagem, com tanta coisa para fazer por que vai dar Título? Enquanto há falta de vagas em creche, problemas em hospitais, Segurança e respondo assim para essas pessoas, o Dimas sempre perguntava e pergunta ainda hoje para a equipe dele: fala uma notícia que você tenha lido que eu não tenha lido, desafiando você a estar mais informado que ele. E também pergunta o que você está ouvindo de música, que livro tem lido, foi ao cinema, ao teatro. Sempre buscou ser um cara fora da caixa, um cara que não se acomoda, se recicla e não quer parar no tempo.
Então homenageá-lo hoje é mais do que tudo pegar um momento em que a política está desacreditada, as instituições estão manchadas. Estamos num momento de crise de representatividade, e colocar o holofote numa pessoa em quem ponho minha mão no fogo de que é correta, íntegra, uma pessoa que age com vocação pelo bem público para ajudar os outros. Não tenho dúvida quanto a isso. Muitas vezes se dá um Título e se descobre depois malfeito e tem de se retirar o Título. Aqui na Câmara mesmo já aconteceu, não vou citar nomes porque é desagradável, mas acontece. Com o Dimas tenho certeza que isso não vai acontecer. Temos de nos apegar nos bons exemplos, como dizia o poeta, tristeza não tem fim, felicidade sim.
Então quero que esta noite de hoje sirva para que tenhamos um momento de felicidade porque estão aqui amigos, pessoas com as quais temos afinidade e conhecem a trajetória do Dimas, aproveitar esta chance para homenagear alguém que merece, que ilustra bons valores e nos ajuda a ter esperança num Brasil melhor.
Como jovem político que defende a nova política, que é a política que está disposta a mudar aquela realidade sempre, inovar, reciclar. Não tem nada a ver com idade. Você pode ser jovem e nada novo. E vejo aqui várias pessoas que representam esse espírito da jovialidade de querer mudar sempre, não importa a idade. O Dimas para mim é um jovem sempre novo, mudando. Então Dimas, é com muito orgulho que o recebemos aqui.
E outra, este Título é da Câmara, não é do Caio. Propus e unanimemente foi aceito, aprovado por todos os Vereadores. Parabéns, você merece, é um grande exemplo para nós e obrigado por ser meu amigo.
Muito obrigado. (Palmas)
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Registramos e agradecemos a presença dos Srs. Wilson Pollara, Secretário Municipal de Saúde; Vereador Rodrigo de Pietro, Presidente da Câmara Municipal de Taquaritinga; Vereador Antonio Vidal, de Taquaritinga; Guilherme Mendes, Controlador Geral do Município de São Paulo; Vereador Adilson dos Santos Júnior, Presidente da Câmara Municipal de Santos; Maurilio Tavoni Júnior, Prefeito do Município de Trabiju; Vereador Humberto Neto, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Pires; Vereador Bruno Henrique Ramos Claro, de Ibirarema; Vereadora Aninha Montanher, de Ribeirão Corrente; Vereador Joel Garcia, de Taquaritinga; Padre Zacarias José de Carvalho Paiva, neste ato representando o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Scherer; Marcelo Faria da Costa e Leonardo Paulino Rodrigues, guardas-marinha, neste ato representando o Vice-Almirante Antonio Carlos Soares Guerreiro; Vereador Leandro Anastácio, Presidente da Câmara Municipal de Barretos; Gustavo Ungaro, Ouvidor Geral do Estado de São Paulo; Valdir Aparecido Lopes, Prefeito de Piquerobi; Vereadora Ivone Ruiz, de Novo Horizonte; George Doi, Diretor do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo; Alysson Alex Souza e Silva, Procurador Geral do Município de Marília, neste ato representando o Sr. Daniel Alonso, Prefeito Municipal de Marília; Levi Gomes de Oliveira, Secretário da Fazenda do Município de Marília; Eliezer Domingues, Vice-Presidente e Diretor de Educação da Associação Paulista de Imprensa e Pedro Horta, Gerente do Departamento de Entreposto da Capital, da CEAGESP. (Palmas)
Convidamos para o seu pronunciamento o Sr. Geraldo Alckmin, Governador do Estado de São Paulo.
O SR. GERALDO ALCKMIN – Boa noite a todas e a todos, autoridades já nominadas, amigas, amigos, nosso Dimas Ramalho, sua esposa Andréia, seus filhos Horácio e Marcelo, dizer da alegria de estarmos aqui juntos, Dimas, nesta data tão especial.
Não há nada mais importante do que nascer para a cidadania de uma Cidade. Poder chamar as pessoas de seus concidadãos. E uma Cidade especial não apenas por ser a maior Cidade latino-americana e uma das maiores do mundo, mas pelo que representa: é São Paulo, terra do trabalho, terra da tolerância, terra da miscigenação racial, terra cosmopolita. São Paulo é a terra que japonês fala português com sotaque italiano.
Então é uma Cidade muito especial. É um dia muito especial. E um filho muito especial. O Dimas como todos nós e muitos de nós interioranos lá de Taquaritinga e que como seu pai veio cursar a mais prestigiosa das escolas de direito, a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco das Arcadas. Presidiu o Centro Acadêmico XI de Agosto. Dizem, Dr. Paulo Dimas, que nesta época como estudante, no dia dos cursos jurídicos, fez muito pendura nos restaurantes da região, mas que depois como Promotor Público voltou e quitou todos os débitos.
Então saudar o grande Professor de Direito Constitucional, o homem público, Deputado Estadual, Secretário de Estado. Lembro-me que o Mario Covas quando Governador, o Dimas foi Secretário da Habitação e introduziu os sorteios. Passou a haver sorteios, não havia mais indicação. Era tudo sorteio. E até lembro um dia que fui num sorteio, feito o sorteio veio uma senhora receber a chave, o Prefeito abraçou-a, foi saindo com ela e falou, veja, cumpri minha promessa. O pessoal não é fraco não.
Mas o Dimas que foi inovador, Deputado Federal representando São Paulo e quando os Deputados da Assembleia Legislativa, muitos deles aqui presentes, lembraram-se do seu nome para a maior corte de contas, comentei com o Beraldo: o Dimas pode dar uma grande contribuição porque tem formação jurídica, conhece as leis como ninguém, tem experiência no Executivo, no Legislativo, tem espírito público e vai fazer a diferença. E realmente o Dimas vai lá ao hospital, vai ver porque tem fila, vai ver se a OS está respeitando o contrato. Faz o trabalho com enorme empenho.
É uma grande alegria abraçá-lo, Dimas. Chesterton dizia que há grandes homens, que perto deles todos se sentem pequenos, mas que o verdadeiro grande homem é aquele que perto dele todos nós nos podemos sentir grandes. O Dimas é esse grande homem, com sua simplicidade, humildade, maneira afável de conquistar a todos. Parabéns.
Muito obrigado. (Palmas)
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Tem a palavra o Sr. Presidente, nobre Vereador Eduardo Tuma.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Tuma) – Quero cumprimentar o Governador Geraldo Alckmin, em nome de quem cumprimento as autoridades que compõem a Mesa, também parabenizá-lo pelo seu aniversário nesta semana, que Deus possa abençoá-lo ainda mais no Governo e nos projetos que V.Exa. tem. Cumprimentar todos os presentes no nome do meu Professor Paulo Dimas de Bellis Mascaretti.
Conselheiro Dimas Ramalho que hoje recebe o Título de Cidadão Paulistano, um reconhecimento na verdade aos serviços já prestados à cidade de São Paulo. Por isso quero como Vereador agradecê-lo por esse espírito público altruísta que doou senão toda, quase toda sua vida no interesse do bem comum como disse o Professor Paulo Dimas.
Também quero prestar aqui minha homenagem ao pixote, Caio Miranda, que a partir de hoje recebe essa alcunha. A Deputada Maria Lúcia Amary sabe que isso vai ao plenário ser diário. Vai ser no painel nominado como Pixote.
Obrigado, Conselheiro, por nos dar ou nos conceder esse apoio ao Caio Miranda e por ele hoje ser o Vereador que é. Então, Caio, quero reconhecer o trabalho que tem desenvolvido na Câmara Municipal, Vereador de primeiro mandato, mas mostra esse espírito da nova política. E até mesmo como Vereador de primeiro mandato já tem um projeto de lei e uma lei sancionada, o que é dificílimo nesse sentido.
O Governador disse da pendura que o Conselheiro Dimas Ramalho deu e depois voltou para pagar e quero fazer então esse mesmo paralelo. O Caio teve a lei sancionada que proíbe as pessoas de urinar na rua porque senão elas receberão a multa, devida penalidade. E isso fez obviamente porque lembrou os tempos de Arcada, quando participava da peruada e cometia este que hoje é um delito. Quero agradecê-lo também por isso.
Muito obrigado a todos. Uma boa noite. (Palmas)
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Convidamos todos para apreciarem uma apresentação musical com os Trovadores Urbanos.
– Apresentação musical.
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Neste momento, o Presidente e proponente desta sessão solene, Vereador Caio Miranda Carneiro, e o Vice-Presidente desta Casa, Vereador Eduardo Tuma, farão a entrega do Título de Cidadão Paulistano ao homenageado, Dr. Dimas Eduardo Ramalho.
“Município de São Paulo, Título de Cidadão Paulistano. A Câmara Municipal de São Paulo, atendendo ao que dispõe o Decreto Legislativo 14, de 29 de Março de 2017, concede ao Sr. Dimas Eduardo Ramalho o Título de Cidadão Paulistano. Palácio Anchieta, 8 de Novembro de 2017. Milton Leite, Presidente; Arselino Tatto, 1º Secretário; Caio Miranda Carneiro, Proponente; Mário Sérgio Maschietto, Secretário-Geral Administrativo; Breno Gandelman, Secretário-Geral Parlamentar.”
– Entrega do Título de Cidadão Paulistano.
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Convidamos, para a foto oficial, o homenageado, Dr. Dimas Eduardo Ramalho; o Presidente e proponente desta sessão solene, Vereador Caio Miranda Carneiro; o Vice-Presidente desta Casa, Vereador Eduardo Tuma, e os demais Vereadores presentes.
– Registro fotográfico.
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Convidamos os presentes para, de pé, assistirmos à entrega de homenagem à Sra. Andrea Ramalho, esposa do homenageado.
– Entrega de flores à Sra. Andrea Ramalho, sob aplausos.
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Convidamos, para a foto oficial da família, os filhos do homenageado, Srs. Horácio Ramalho Neto e Marcelo Augusto Silva Ramalho.
– Registro fotográfico.
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Convidamos, para a foto oficial, todas as autoridades da Mesa principal.
– Registro fotográfico.
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Convidamos, para o seu pronunciamento, o mais novo Cidadão Paulistano, Dr. Dimas Eduardo Ramalho.
O SR. DIMAS EDUARDO RAMALHO – Depois da música Sampa, de Caetano Veloso, e da música Se todos fossem iguais a você, de Tom Jobim, quero saudar, com muita honra, o Vice-Presidente desta Casa, Vereador Eduardo Tuma e, em sua figura, cumprimentar todos os Srs. Vereadores presentes e os que não puderam estar aqui hoje, mas que votaram favoráveis à concessão do Título de Cidadão Paulistano à minha pessoa.
Uma saudação especial ao Governador Geraldo Alckmin, que, em plena quarta-feira, se deslocou até aqui para prestigiar este evento na Câmara Municipal de São Paulo. Só uma palavra explica: amizade. Tenho muito orgulho de tê-lo presente neste momento. (Palmas)
Uma saudação à minha querida amiga Maria Lúcia Amary, por quem mantenho uma amizade desde a Assembleia. Muito obrigada. Que honra tê-la aqui.
Uma saudação ao meu colega contemporâneo de faculdade Paulo Dimas de Bellis Mascaretti. Quanta luta contra a ditadura e sonhos naquelas arcadas da faculdade, além das penduras já prescritas. Acompanho sua carreira como magistrado e como Presidente do Tribunal de Justiça e tenho muito orgulho disso.
Uma saudação ao Secretário Municipal de Justiça Anderson Pomini, querido amigo e advogado, neste ato representando o Prefeito João Doria. É uma honra tê-lo aqui.
Uma saudação ao meu querido amigo Silvio Hiroshi Oyama, do Ministério Público de São Paulo, que hoje preside o Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo. Temos conversado muito sobre o significado do Ministério Público para a nossa linha, pois deu um norte para todos nós.
Quero saudar o Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, meu amigo Dr. Sidney Estanislau Beraldo e, na sua figura, saudar todos os Conselheiros, Auditores e Procuradores de contas e funcionários presentes. Trabalhamos juntos desde a época em que muitos de vocês nem eram nascidos.
Uma saudação ao meu querido amigo Davi Eduardo Depiné Filho, Defensor Público que faz um trabalho de integração da Defensoria com todos os órgãos do Estado de São Paulo e do Brasil.
Uma saudação, por motivos óbvios, a dois Prefeitos, ao Edinho Silva, de Araraquara, e ao Vanderlei Marsico, de Taquaritinga. (Palmas)
Nasci em Taquaritinga, cidade pérola, e fui acolhido por Araraquara, morada do sol. Tenho muito orgulho de ter representada aqui a Câmara de Vereadores de Araraquara e de Taquaritinga, e os dois representam bem o que é isso.
Uma palavra ao Promotor de Justiça José Carlos Cosenzo, que representa o Ministério Público aqui. Obrigado, Cosenzo, você é uma liderança incontestável dessa nossa carreira.
Uma saudação ao Desembargador Ademir de Carvalho Benedito, Vice-Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo; ao José Eduardo Storópoli, Reitor da Uninove; ao meu querido amigo Domingos Dissei e Conselheiro do Tribunal de Contas do Município; ao Ricardo Ferrari, Procurador-Geral do Município de São Paulo; Reinaldo Carneiro Bastos, Presidente da Confederação Paulista de Futebol; ao Fernando Passos, da Uniara.
Um agradecimento aos meus amigos presentes, o Beto, o Zé e todos os que me honram em mais este momento.
Por fim, saúdo o Vereador Caio Miranda, que eu pensei que todos soubessem que era conhecido como Pixote, pois assim era conhecido na Faculdade de Direito, uma pessoa vocacionada para a política. Tem tino político, tem idade para fazer bastante política e tem uma coerência absoluta em sua vida, que herdou dos pais. Em nome dele, saúdo seus pais, sua equipe presente, que trabalhou muito; saúdo a Bruna, os Vereadores presentes, dos quais muito me orgulho. Conheço todos e acompanho o trabalho que é feito. Saúdo os deputados estaduais, que, em plena quarta-feira, nos honram com suas presenças. Saúdo os Secretários de Estado e os do Município presentes. Saúdo os amigos presentes; os Prefeitos do interior, que se deslocaram até São Paulo; os Vice-Prefeitos, Vereadores e Vereadoras, amigos de toda uma vida.
Disse bem o Caio quando mencionou que a Mesa falha ao ter mais homens que mulheres. Acontece que, mesmo elas estando em menor número, são mais fortes. Assim, há muito mais mulher nesta Mesa que homem. (Palmas)
Saúdo o Governador, que fez aniversário ontem e a quem peço uma salva de palmas.
Saúdo os amigos e amigas presentes e minha família. Vocês sabem – Andrea, Horário, Marcelo, Juliana, Janaína, Washington, Valtinho, todos os meus amigos – o que significa ser familiar de político. Há uma coisa que se chama ausência. Eu nunca fui a um aniversário de um filho, nunca. Eu nunca fui buscar um filho na escola, nunca. Fui uma vez, e a Diretora não quis entregá-lo, pois não me conhecia. Isso foi em Araraquara. Eu disse à Diretora, que não queria entregá-lo: “Ele é meu filho”. “Mas seu filho, Deputado, estuda aqui?”. Então, as ausências um dia poderão ser compensadas quando eles entenderem, como eu entendi meu pai também, depois de muito tempo.
Quero aqui agradecer a todos os que se dispuseram a vir numa quarta-feira a São Paulo. Sou do interior. Meu “r” sempre me perseguiu. Antes de existir a palavra bullying, eu já sofria bullying. “Fala ‘porta’, Dimas”, e eu falava. Daí era aquela gozação na Faculdade de Direito.
Com meus avós e pais, minhas raízes foram fincadas no centro do Estado de São Paulo: em Taquaritinga e Araraquara, cidades que marcaram e marcam profundamente a minha vida. Preocupei-me sempre em lutar pelo bem estar do povo paulista. Desde a atuação como Promotor de Justiça, passando pelo mandado de deputado estadual e federal, Secretário de Estado, Secretário de Serviços e, agora, como Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
No entanto, entre minhas idas e vindas a São Paulo, a Cidade sempre me fascinou. Desde a mais remota lembrança, o fascínio esteve sempre presente. Impossível passar por São Paulo impunemente. Lembro-me de um poeta moderno que termina uma carta dizendo o seguinte: “Você, São Paulo, já não é a cidade onde mora minha vida; agora, São Paulo, você é o lugar que me habita”. É mais ou menos esse o sentimento que nutro por São Paulo, de pertencimento, de cenário de grandes feitos da minha vida, de oportunidade que aqui tive, como tantos que escolhem São Paulo para habitar. Mais do que lembranças emotivas, eu pude ver na prática o que é São Paulo quando fui Secretário do Município de São Paulo. Aí, convidado por Serra e por Kassab, eu vim ser Secretário. Fui conversar com o Governador, que já não era mais Governador. Não sei se vocês sabem, mas na política funciona assim: quando você não está no poder, algumas pessoas desaparecem da nossa vida. Eu sei que aqui isso não acontece com ninguém, mas muitas vezes acontece. Fui visitar o Governador num escritório simples, ali na Nove de Julho. Chegando lá, eu lhe disse: “Governador, fui convidado para ser Secretário Municipal de São Paulo; o que o senhor acha?”. Ele disse: “Tem que vir”. E eu: “Por quê?”, e ele me respondeu: “Você vai tomar um banho de São Paulo. Você não conhece São Paulo. Estudou aqui, mas não conhece a Cidade”. E eu não conhecia mesmo.
Quando assumi o cargo – o Marrey lembra-se disso –, eu percebi o que era ser o Secretário que cuidava do lixo de São Paulo: mais de 15 mil toneladas de lixo, por dia, eram recolhidas aqui. Mais de 500 mil pontos de luz. Ou seja, a Cidade Luz não é Paris, é São Paulo! Ainda: 16 mil transformadores fazem parte do universo de São Paulo. São Paulo tem 17 mil quilômetros de condutores; ou seja, dá para ir à Lua e voltar. Isso tudo na Capital.
Há mais de 10 mil pessoas envolvidas diariamente na varrição da Cidade, um exército. Quando fui Secretário, defini: tem que ser dado protetor solar para quem pega lixo na Cidade. É algo tão simples, mas entrou no acordo coletivo.
São Paulo tem 200 funerais por dia. Sei disso porque eu também cuidava do Serviço Funerário. Duzentos por dia!
Por falar em complexidade, São Paulo engloba muitas realidades diferentes, muitas... Este País, senhores, tem flertado com o caos, que nos leva a preocupações muito mais estruturais do que o futuro individual de figuras públicas. O Brasil já possui maturidade suficiente para desenhar, sem puritanismo e gênio cínico, o projeto de nação que buscamos. Sonhar uma pátria como sonhou o poeta Vinicius de Morais, que dizia da pátria amada, patriazinha. Precisamos de construtores de País, e o momento é da busca de mais construtores, de mais apertos de mãos, menos desencontros. Precisamos crescer na divergência, construir pontes. Essa é a nossa tarefa.
Teremos, no ano que vem, um grande encontro com a nossa pátria, por ocasião das eleições. No próximo ano, vamos iniciar uma nova estruturação do País que queremos: juntar a população, o território e fazer uma grande nação. O diálogo com atores políticos honrados tem de existir. Aprendi, como deputado, como militante político, como quem disputou votos, a respeitar a democracia, a respeitar a lei. O que nos coesiona é a Constituição Federal.
Com a esperança de um projeto de nação, volto novamente a refletir sobre São Paulo, a Cidade que tanto me proporcionou tantas experiências e oportunidades. São Paulo é o avesso do avesso do avesso do avesso, como já cantou o poeta. São Paulo de contradições, de inclusões e de lições. Ninguém passa imune por São Paulo.
Para finalizar estas breves palavras, há uma da qual muita gente se esquece: obrigado. Gratidão pelas amizades, pela companhia, pelo aprendizado permanente que tenho tido com as pessoas que passaram pela minha vida.
Vou relatar aqui uma carta que escrevi uma vez lembrando como foi meu encontro com São Paulo, como conheci esta Cidade grande, como cheguei à Estação da Luz vindo do interior, de trem. Escrevi isso há algum tempo e vou reler para encerrar, reforçando gratidão, lealdade, honestidade, coerência e, sobretudo, noção da transitoriedade. Somos transitórios e devemos ser permanentes na nossa transitoriedade.
“Fazia frio. Não me lembro se era outubro, se era setembro. Ainda criança, tomei o trem com meu pai para conhecer a Capital. Meu pai disse então: ‘Vai ver o que é uma cidade grande’. Minha mãe colocou a melhor roupa e falou: ‘Vai com seu pai, mas não larga a mão dele’. Ia à cidade em que meu pai passou a vida toda internado no Arquidiocesano e depois na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Quando cheguei à Estação da Luz, eu me lembro: não acreditei no tamanho. Depois, no trânsito, na quantidade de pessoas, de automóveis circulando pelas ruas, eu, que vivia em cidade pequena de mãos dadas. No dia seguinte, após visitar meu tio – na época a gente visitava os tios –, ele me mostrou o Theatro Municipal e me falou da Semana de Arte Moderna de 1922. E me disse mais: “Você tem que ler Mário de Andrade, você tem que saber quem foi Anita Malfatti”. Em frente ao Theatro ele me falou da cultura, e me levou ao Mappin, que era em frente.
Ali eu descobri algo interessante: muita loja no mesmo lugar. Eu nunca tinha visto um lugar que tinha várias lojas. E uma descoberta muito importante: tinha escada rolante, que eu nunca tinha visto. Imaginem. Montei na escada e não saí mais de lá, sobe e desce, desce e sobe, até que ele me parou: “Chega. Vai cair daí”.
Em seguida ele me levou para um lugar em que me assustei também. Era a Rua Direita. “Aqui não passa carro, nem automóvel, só gente.” Eu falei: Não é possível, isso não existe. Existia. Na Rua Direita não passava. Foi a primeira de São Paulo.
Na Praça da Sé eu vi o mundo real, gente vendendo sonhos, pregadores vendendo o céu, pessoas deitadas, desabrigadas. Ali eu percebi a crueldade de São Paulo e a realidade díspar desta grande metrópole. Na Catedral da Sé, onde ele entrou – ele que tinha uma crença muito forte em Deus –, era silencioso e pude observar ali a dimensão da fé.
Depois fomos a pé até a Faculdade de Direito. Ele apontou as arcadas e vi seus olhos úmidos. Somente anos mais tarde, quando ingressei na mesma Faculdade, entendi o significado daquele momento. Quando virei Presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, lembrei mais ainda do que ele deve ter sentido, ex-presidentes Paulinho e Gustavo. Hoje sinto o mesmo, quando volto àquelas arcadas.
De táxi – não tinha Uber – fomos ao Aeroporto. Aliás, não tinha Uber, não tinha computador, não tinha Whatsapp, não tinha iPhone e nós sobrevivemos. No Aeroporto ele me falou de partidas e de sua paixão por aviões. Ele falou: “Você vai conhecer como funciona o Aeroporto”, e fomos para Congonhas. Ele era piloto com brevê. Encostei-me ao vidro e fiquei muito tempo assistindo aviões descerem, subirem, descerem, subirem. Não adiantou ele falar: “Mas que graça tem?” Tem toda a graça, para uma pessoa do interior, jovem, criança, adolescente.
No dia seguinte me levou ao Butantã e explicou para mim que do veneno vem a cura. Depois, no Zoológico, aonde me levou para ver leões etc., que eu só via na matinê, nos filmes de Tarzan, ele falou que a gente tinha de conviver com os animais e respeitá-los.
No Mercado Municipal, aonde me levou também, eu me perdi entre as bancas. Nunca tinha visto aquilo, mercearia, quitanda, tudo junto num lugar fechado, o que não existia no interior. Na feira livre eu não via o fim dos quarteirões – enorme. E, inevitável, o pastel, que para mim nunca foi só um pastel. Meu pai falava: “Come um só, porque faz mal”, mas eu nunca comi um só, e nunca me fez mal.
Meu pai me levou ao Cinerama, na Avenida São João. “Vai conhecer uma sala de cinema grande.” Eu fui. Quando cheguei, a tela entrou em mim, o barulho, o som, aquela escuridão. Fiquei apaixonado, “Não quero sair mais daqui”, e pensei: “Nossa, deve ser bom namorar aqui!”, mas não falei para ele.
Enfim, fui ao Copan, aquela estrutura moderna. Meu pai falou: “Aqui tem dedo do Niemeyer”, de quem eu nunca tinha ouvido falar. Observei com atenção aquelas curvas do Copan. No térreo tinha um bar e ele disse: “Você vai conhecer uma coisa muito nova de São Paulo”. Cheguei lá, uma máquina enorme em cima do balcão, e dali saía o café expresso. Levei um susto. Não tinha bule, não tinha coador, saía aquele café forte e fumegante. Nunca me esqueci daquele gosto.
Depois de uns cinco, seis dias na Capital, ele resolveu voltar para casa. Na Estação da Luz, íamos pegar o trem novamente, o carro Pullman era uma coisa linda, maravilhosa. Trem, ninguém sabe o que é, mas é uma locomotiva que puxa vários vagões.
Eu fiquei tão apavorado com a cidade grande que não larguei a mão do meu pai nem para ir ao banheiro. Coração acelerado, mãos geladas, medo. Eu estava apaixonado pela cidade grande, apaixonado por São Paulo. Nas longas horas de viagem – eram oito horas, passando por Araraquara, Taquaritinga –, quando ele dormiu, olhei para ele e pensei: “Meu Deus, como ele sabe tanto? Como ele me ensinou tanto?” Eu queria dizer para ele: “Pai, eu te amo tanto”, mas não falei naquele dia nem nunca, nunca, porque as pessoas não falavam isso.
Não consegui dormir naquela noite, muita coisa passou na minha cabeça. Imaginem, menino adolescente, turbilhão de emoções, trânsito, ônibus, cinema, livro, barulho, gente, muita gente. Quem me visse naquela noite, naquele trem, perdido, indo para a região de Araraquara, iria ver que nos meus olhos brilhava uma luz diferente, estranha, nova, desafiadora, como se fosse um rito de passagem. Quando cheguei à minha cidade, só minha mãe percebeu. Não sei se vocês sabem, mas as mães percebem tudo; tem coisas que só elas sabem.
Nunca mais fui o mesmo depois daquela viagem. Não sei se fui melhor ou pior, mas fui diferente. Nem sei quanto tempo durou aquela viagem. Aliás, nem sei se foi uma só viagem para São Paulo. Meus sonhos se ampliaram, meus horizontes cresceram, eu vi que nunca mais na vida teria sossego. E foi assim.
Quando penso que meu pai me levou mundo afora e me soltou em São Paulo, hoje tenho certeza de que ali fiquei adulto. Sinto que fiquei adulto naquela viagem. Fiquei ansioso, curioso, desassossegado, com bicho carpinteiro no corpo, como dizia minha avó materna Augusta: “Esse menino não para, tem bicho carpinteiro, ainda mais depois que voltou de São Paulo”.
Eu devia ter contado isso ao meu pai, mas não deu tempo. Mais uma vez eu não falei nada. Se tivesse contado, ele sorriria e diria: “Acho que ele está aprendendo”. Sim, estou aprendendo ainda, meus amigos. Amei São Paulo à primeira vista, assustado, com intensidade de emoções que só os que amam sentem. Tenho certeza que eu diria ao meu pai o que vou dizer a vocês: São Paulo foi minha primeira namorada.
Muito obrigado. (Aplausos)
A SRA. CECILIA DE ARRUDA – Para o encerramento oficial desta sessão solene, anunciamos as palavras do Vice-Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Vereador Eduardo Tuma.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Tuma – PSDB) – Obrigado, Cecilia. Agradeço ao Cerimonial da Casa e aos que contribuíram para a realização desta solenidade.
Para o encerramento da sessão, transmito a presidência ao nobre Vereador Caio Miranda.
– Assume a presidência o Sr. Caio Miranda Carneiro.
O SR. PRESIDENTE (Caio Miranda Carneiro – PSB) – Agradeço a todos pela presença, pela honra de ter vocês aqui. Muito obrigado.
Declaro encerrada a presente sessão.