O SR. PRESIDENTE (Natalini - PV) – Senhoras, senhores, autoridades, está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. A presente sessão solene se destina à entrega da Salva de Prata em homenagem aos 45 anos do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo, nos termos do Decreto Legislativo nº 45, de 19 de setembro de 2017, de autoria do Vereador Caio Miranda Carneiro.

Passo a palavra à Mestre de Cerimônias, Sra. Luciana Feldman, para a condução dos trabalhos.

 

MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras, senhores, autoridades, sejam bem-vindos à Câmara Municipal de São Paulo.

Para compor a Mesa, convidamos os Srs. Adevaldo Calegari, Mentor do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo; Daniel Annenberg, Secretário Municipal de Tecnologia e Inovação, representando, neste ato, o Sr. Prefeito João Doria; Evaldir Barboza de Paula, Diretor Secretário do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo; Flavio Bevilacqua Bosisio, Diretor Tesoureiro do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo; Alexandre Milanese Camillo, Presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo; Boris Ber, 1º Vice  Presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo e ex-Presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo; e Mario Jorge Pereira, Conselheiro Gestor do Sindicato das Empresas de Seguros, Resseguros e Capitalização de São Paulo.

Convidamos todos, para de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.

 

- Execução do Hino Nacional Brasileiro.

 

MESTRE DE CERIMÔNIAS – Registramos e agradecemos a presença das seguintes personalidades que se apresentaram ao Cerimonial: Sra. Cátia Guirao, Vice-Presidente da União dos Corretores; Sr. Paulo de Tarso Meinberg, Diretor Executivo da Ibracor; Sr. Affonso Fausto, Presidente da Sociedade Brasileira Ciências do Seguro; Sr. Nilson Arello Barbosa, representando o Sr. Pedro Barbato Filho, Presidente da Câmara dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo; Sr. Osmar Bertacini, Presidente da Associação Paulista dos Técnicos de Seguro.

Acusamos o recebimento de mensagens de congratulações das seguintes personalidades: Sr. Geraldo Alckmin, Governador do Estado de São Paulo; Sr. João Doria, Prefeito do Município de São Paulo; Sr. Bruno Covas, Vice-Prefeito e Secretário Municipal das Prefeituras Regionais; Sr. Milton Leite, Presidente da Câmara Municipal de São Paulo.

Anunciamos as palavras do Secretário Daniel Annenberg.

 

O SR. DANIEL ANNENBERG – Boa noite a todos e a todas. Saúdo o Vereador Gilberto Natalini, Presidente desta sessão, amigo, ex-Secretário, trabalhamos juntos, por quem tenho imensa admiração, respeito e carinho. Natalini, com certeza tem aqui um fã de seu mandato e de suas ações. Conte sempre comigo.

Quero também saudar o Sr. Adevaldo Calegari, Mentor do Clube dos Corretores, amigo com quem temos trabalhado - Calegari, é um prazer estar aqui com você; Evaldir de Paula, Diretor do Clube dos Corretores de Seguros; Flavio Bosisio, Diretor Tesoureiro do Clube dos Corretores; Alexandre Camillo, Presidente do Sindicato dos Corretores; meu grandessíssimo amigo Boris Ber, 1º Vice-Presidente do Sindicato dos Corretores de Seguro, ex-presidente da nossa comunidade, parceiro, amigo, seu único defeito é ser corintiano, no resto ele é ótimo e nós concordamos em tudo; Mario Jorge Pereira.

Quero agradecer também à Vereadora e Secretária Aline Cardoso pelo apoio que tem dado ao Vereador Caio Miranda, que fez a proposta e está viajando hoje.

Meus amigos e minhas amigas, quero dizer poucas palavras e infelizmente vou ter que me retirar depois disso, por um compromisso inadiável. Mas fiz questão de vir aqui justamente para dar meu testemunho, uma homenagem justa e importante a uma instituição de mais de quatro décadas, que presta serviços muito relevantes para a sociedade e para a cidade de São Paulo.

Quero contar muito rapidamente a nossa aproximação com o Boris, com toda a equipe, com o mercado de seguradoras, quando fui presidente do Detran de São Paulo, de 2011 a 2016, o maior órgão de trânsito da América Latina, sob o comando do Governo do Estado.

Durante nossa gestão à frente do Detran, o diálogo com todas as organizações e associações de classe foi ampliado justamente com o objetivo principal de reunir forças para garantir a segurança no trânsito; reduzir os problemas que o Detran muitas vezes causava para a população, com a implantação de serviços eletrônicos; e para um combate ferrenho à corrupção naquele órgão.

O mercado de seguradoras foi um importante aliado nessa missão. Entre os avanços que podem ser destacados, nós conseguimos uma queda de 32% no roubo de veículos um ano após o início de vigência da Lei do Desmanche. Implantamos um sistema em que hoje é possível saber de cada veículo desmanchado, cada peça desse veículo, as cinquenta peças mais importantes; um código de barras que permite que tenhamos informações de quando foi desmontado, quem desmontou. Com isso fizemos um trabalho potente contra roubo de veículos em conjunto com o Sindicato, com as associações. Trabalhamos ferrenhamente e continuamos trabalhando para apoiar as seguradoras nesse sentido.

Regulamentamos a classificação dos veículos sinistrados; apoiamos a melhoria do processo de recall de veículos; implementamos melhorias técnicas na vistoria de veículos; implementamos a comunicação da venda simplificada, permitindo que cartórios enviem eletronicamente a comunicação de venda do veículo para a Secretaria da Fazenda e para o Detran; monitoramento do processo de emplacamento e lacração de veículos; lançamento de inúmeras campanhas de conscientização e prevenção de acidentes de trânsito.

Poderia citar muitas outras ações e iniciativas, sempre em conjunto com a categoria, sempre em conjunto com as associações. Trabalhamos de forma participativa para fazer com que o Detran se modernizasse e desse, com certeza, todo o apoio possível para as seguradoras do Estado de São Paulo.

Por isso, fico muito feliz com esta homenagem que estamos prestando hoje às seguradoras e espero que possamos comemorar depois de 60, 80, 90 anos – Boris, você vai voltar aqui com certeza para a gente comemorar junto. Não tenham dúvida: as seguradoras são fundamentais para o trabalho que nós realizamos tanto no poder público quanto na iniciativa privada. Vocês merecem todo o nosso aplauso, toda a nossa confiança.

Esperamos estar juntos agora na Secretaria de Inovação e Tecnologia, na Prefeitura de São Paulo, em outros projetos. Tenho certeza que meu amigo Natalini também estará conosco em vários projetos desse tipo.

Agradeço a presença de todos vocês. Muito obrigado a todos. Uma ótima noite. Uma justa homenagem. Obrigado. (Palmas)

 

MESTRE DE CERIMÔNIAS – Ouviremos as palavras do Sr. Alexandre Milanese Camillo.

 

O SR. ALEXANDRE MILANESE CAMILLO – Apesar das tantas formalidades que o ambiente exige, não poderia deixar de cumprimentar todos da minha maneira costumeira. Aos corretores e corretoras de seguros presentes, olá! Vocês também podem ficar à vontade, podem responder “olá”.

Quero cumprimentar a Mesa Diretora desta noite na pessoa do Vereador Gilberto Natalini, Presidente desta sessão, nosso amigo. Muito obrigado por acolher os corretores de seguros mais uma vez nesta Casa, para mais uma vez homenagear essa categoria que tanto merece todas as homenagens possíveis e futuras que possamos realizar.

Quero cumprimentar também o Vereador Daniel Annenberg, Secretário do Município de São Paulo, sempre presente conosco, sempre apoiando, e parabenizá-lo não só pelo trabalho à frente do Detran, mas também pelo trabalho à frente do Poupa Tempo, entidade que é uma referência do que o poder público deve realizar e que sem dúvida deveria ser copiada por outras tantas entidades públicas. Então, Daniel, meus parabéns pelo trabalho já realizado. Certamente, à frente da Secretaria de Tecnologia, muitas boas surpresas virão e, no que pudermos contribuir, conte conosco.

Aos meus amigos corretores presentes, em nome do Calegari, mentor Presidente do Clube dos Corretores, saúdo todos; e as seguradoras eu saúdo na pessoa do amigo Mario Jorge, representando aqui o Sindicato das seguradoras. Muito obrigado pela presenta de todos.

Estar aqui é uma grande alegria. Mais uma vez a Câmara Municipal abre suas portas para reconhecer o trabalho do corretor de seguros, reconhecer o trabalho que o mercado de seguros de forma geral presta à sociedade, ao consumidor.

Como bem sabemos, seguro é a PPP mais antiga do mundo. O seguro realmente retorna à sociedade e desonera o Estado e o poder público como nenhuma outra indústria. Isso é fácil perceber em todo dano que é reparado na ocorrência de sinistros, o que permite que a sociedade e a atividade econômica se mantenham, que as famílias continuem com seus sonhos e preservem as conquistas, sejam afetivas, sejam materiais.

Este reconhecimento é mais do que justo e nos alegra. Eu, como mentor do Clube dos Corretores de Seguros, tive oportunidade de receber aqui uma salva de prata, na época em que o Calegari era nosso secretário. Estamos ficando habitués nesta Casa, nos momentos de júbilo para nossa categoria.

Eu, aqui representando os corretores de seguros de todo o Estado, vou procurar externar aos corretores todo o grande trabalho que o Clube dos Corretores de Seguros realiza há 45 anos. Posso dizer, na condição de presidente do Sindicato dos Corretores, que amanhã completa 83 anos – foi fundado em 6 de outubro de 1934 -, que o Sincor só poderá comemorar amanhã com tanto vigor graças à fundação, há 45 anos, do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo, que permitiu, numa época muito diferente, quando lamentavelmente não podíamos exercitar nossas vontades com a liberdade com que a exercemos hoje, quando podemos debater e fazer política na mais plena democracia. Não fosse a ação dos que estavam à frente do Sincor à época, de montar e fundar o Clube dos Corretores de Seguros, certamente hoje - amanhã, melhor dizendo – não poderíamos comemorar os 83 anos do Sincor-SP.

Então fica aqui, além de tudo, minha gratidão ao Clube dos Corretores de Seguros, que, entre outras coisas, é um celeiro de lideranças. Eu retrato muito bem essa situação do Clube, posto que iniciei minha atividade política setorial no Clube; lá fui Secretário, fui mentor e hoje tenho a grande missão e a honra de representar os corretores de seguros em todo o Estado de São Paulo. Ao Clube só devo enorme gratidão, e a única forma de recompensá-lo é trabalhar muito pela categoria, trabalhar diuturnamente para o corretor de seguros, fomentando cada vez mais a nossa indústria de seguros.

Parabéns, Calegari, parabéns à sua Diretoria e parabéns a todos vocês pela sábia decisão de se associarem, de serem integrantes do Clube dos Corretores de Seguros.

Muito boa noite. Obrigado pela presença de todos. (Palmas)

 

MESTRE DE CERIMÔNIAS – Anunciamos as palavras do Sr. Mario Jorge Pereira.

 

O SR. MARIO JORGE PEREIRA – Boa noite. Cumprimento os ilustres membros e amigos da Mesa, Ilmo. Sr. Vereador Gilberto Natalini; Ilmo. Sr. Secretário Municipal de Tecnologia e Inovação, Daniel Annenberg; prezado Alexandre Camillo, Presidente do Sincor-SP; prezado Boris Ber, Vice-Presidente do Sincor-SP; prezado Adevaldo Calegari, mentor do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo; prezado Evaldir Barboza, Diretor Secretário do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo; prezado Flavio Bosisio, Diretor Tesoureiro do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo.

Prezados amigos, demais autoridades presentes, em nome do Sindicato das Empresas de Seguros, Capitalização e Resseguros – Sindseg, agraço a oportunidade de estar aqui falando em nome do nosso Presidente Mauro César Batista, em nome de toda a Diretoria. É uma honra muito grande estar presente no dia do aniversário do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo, exatamente no dia 5 de outubro, e queremos prestar esta homenagem ao amigo Calegari e a toda a sua Diretoria.

Além de dar os parabéns, quero reconhecer o grande trabalho, a grande parceria do Clube com o mercado segurador em geral, desde 1972, com seu primeiro mentor, Antônio D'Amélio. O Clube, nas discussões, nos trabalhos, em todos os momentos, inclusive em sua logomarca, sempre destacou os três elos fundamentais do mercado segurador: as seguradoras, os corretores de seguros e os segurados, a sociedade em geral, que tanto precisa de proteção e de tranquilidade.

Um abraço a todos. Parabéns mais uma vez. Muito obrigado (Palmas)

 

MESTRE DE CERIMÔNIAS – Anunciamos as palavras do proponente e Presidente desta sessão solene, Vereador Gilberto Natalini.

 

O SR. PRESIDENTE (Natalini - PV) – Olá. (Palmas) Estou aprendendo. Sejam muito bem-vindos à Câmara Municipal de São Paulo. É a casa de vocês. Cada lâmpada desses lustres, cada tábua desse piso é paga com o dinheiro dos impostos que são recolhidos de vocês, de cada paulistano; então aqui é uma extensão da casa de vocês. Sintam-se em casa. Quanto mais gente vier aqui, melhor será a performance e melhores serão os caminhos seguidos por esta Casa. Falo isso em todos os eventos aqui, porque acho importante que as pessoas tomem conta, de fato, de suas estruturas públicas, em particular de seus parlamentos.

Quero cumprimentar o Calegari, mentor do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo. Cumprimento o Daniel Annenberg, nosso amigo, Secretário Municipal de Tecnologia e Inovação, que conheci nas nossas batalhas e de quem aprendi a gostar muito. É uma pessoa muito especial, muito simpática, um grande Secretário Municipal, foi um colega maravilhoso que tive na Secretaria, e continua sendo, é Vereador desta Casa. E a gente precisa manter as amizades, Calegari, precisamos aprofundar as amizades. O Brasil está precisando disso. Os homens e mulheres de bem tem de se juntar, o Brasil está precisando disso, que a gente trabalhe junto.

Quero cumprimentar o Evaldir Barboza de Paula, Diretor Secretário do Clube dos Corretores; o Flavio Bosisio, Diretor Tesoureiro do Clube dos Corretores; Alexandre Milanese, Presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo; Boris é um caso à parte, conheço há muito anos e tenho uma relação grande, não sou judeu, aliás, eu sou descendente de libaneses, o meu nome do meio é Tanos, mas tenho uma amizade enorme com a comunidade judaica de São Paulo. O Boris, até seresta já fizemos juntos, temos uma amizade muito sincera, prazer estar com você. O Daniel também é oriundo da comunidade, mas a comunidade judaica merece muito respeito dos paulistanos e dos brasileiros pela contribuição que dá e você é um líder inconteste dessa comunidade. Cumprimentar também o Mario Jorge, meu confrade lá do Clube Esportivo da Penha, que é Conselheiro Gestor do Sindicato das Empresas, e cada um de vocês que estão aqui.

Vou ser muito rápido. Esse evento foi proposto, trazido pelo Vereador Daniel Annenberg, que como Secretário não poderia efetuar o evento aqui. O Daniel pediu a um bom Vereador, um moço jovem que foi colega da minha filha na Faculdade de Direito no Largo São Francisco, Vereador Caio Miranda, uma pessoa gente boa. Eu não elogio quem não merece, não; só elogio quem eu acredito. Esse é gente boa, o Caio Miranda. E o Caio teve de viajar e me pediu que eu viesse aqui presidir a sessão. Imediatamente eu aceitei, pelas amizades que tenho com as pessoas que eu já citei e também pela causa, porque é uma instituição que representa um setor importante da economia do País, da vida das pessoas, que é o setor de seguros.

Através de seus corretores, o seguro está dentro de nós. Na economia capitalista, o seguro é uma coisa que... Tem seguro para os mais ricos, para os mais pobres, tem seguro de todo tipo, e o seguro faz parte do dia a dia da nossa vida. Uma entidade com 45 anos de existência, que foi fundada com uma história que me emociona, o Clube foi fundado para que os corretores pudessem se defender de uma situação política do regime da época. Como fui perseguido político do regime da época, e muito, fui preso várias vezes, fui muito torturado pelo Coronel Ustra, aqui no DOI-CODI, então eu fiquei com emoção quando tomei conhecimento da origem do processo da fundação do Clube dos Corretores de Seguro.

O nome “mentor”, você me disse que foi dado porque vocês não queriam colocar “presidente”, inclusive uma forma inteligente de escapar daquela época, que era muito difícil. Às vezes eu ouço as pessoas pedindo a volta do regime militar, eu olho para cima e falo: “Pai, perdoai-os, eles não sabem o que estão falando”. Porque os militares a gente sabe como entram, mas a gente nunca consegue saber como saem. No caminho podem fazer coisas boas, não vou dizer que o regime não fez coisas boas, mas pode fazer desgraças muito grandes também, porque quem tem uma arma na mão às vezes não pensa muito como usa. Quero parabenizar os 45 anos, quero parabenizar os corretores de seguros pela importância que têm no País e no mundo.

Quero dizer a vocês que estamos vivendo um processo esquizofrênico no Brasil. Eu não sou psiquiatra, sou gastrocirurgião em exercício, mas, às vezes, quando escapa algum jeito, eu atendo alguma consulta de psiquiatria também. E tem gente que sai do consultório melhor do que entrou. Quero dizer que estamos vivendo um momento de esquizofrenia, porque a política está afundando de uma forma brutal. Estava conversando agora com FHC, fui ao instituto Fernando Henrique, fomos convidados para falar sobre concessão de parques. Estava lá uma mesa grande, e o Fernando Henrique passou lá. Eu falei: “Presidente, o senhor precisa falar muito, porque o senhor é o único no Brasil hoje que pode falar sem tomar um dedo na cara. Está difícil”. E ele disse: “Meu filho, eu tenho falado demais, estou até sem voz já”. E eu disse que ele era uma pessoa importante no País porque precisamos achar um rumo, estamos sem rumo.

Estava lá o Pedro Passos, Diretor da Natura, que perguntou para mim aonde íamos parar. Imagine o Pedro Passos, Diretor da Natura, perguntando para mim aonde vamos parar. E eu disse: “Se você está me perguntando, como é que vou saber responder?”. Esse é o momento político.

Por incrível que pareça o momento econômico está parando de patinar, está começando a... E aí outro empresário falou que era difícil ver um período da economia em que os juros vão baixando e a inflação está baixa. Se a gente conseguir seguir esse caminho, nós vamos conseguir passar essa fase e começar a ter um processo talvez muito diferente do desenvolvimento econômico do Brasil. E aí os senhores e as senhoras têm muito a ver com essa história, com a questão econômica, porque os senhores estão dentro do olho no furacão. Então, eu rendo minhas homenagens e termino com um versinho de um samba popular que eu gosto muito: “Aplaudam quem sorrir trazendo lágrimas no olhar, merece uma homenagem quem tem forças pra cantar”.

Parabéns. Boa noite. (Palmas)

 

MESTRE DE CERIMÔNIAS – Neste momento convidamos o Vereador Gilberto Natalini, o Sr. Adevaldo Calegari, mentor do Clube dos Corretores de Seguros, e toda a Diretoria do Clube para que se coloquem à frente e ao centro do salão para a entrega da homenagem.

 

- Entrega de homenagem, sob aplausos.

 

MESTRE DE CERIMÔNIAS – Neste momento o Vereador Gilberto Natalini fará a entrega da Salva de Prata em homenagem aos 45 anos do Clube dos Corretores de Seguros, na pessoa do Sr. Adevaldo Calegari.

 

- Entrega da Salva de Prata.

 

MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos todos os integrantes da Mesa para a foto oficial.

 

- Registro fotográfico.

 

MESTRE DE CERIMÔNIAS – Convidamos para o seu pronunciamento de agradecimento o Sr. Adevaldo Calegari.

 

O SR. ADEVALDO CALEGARI – Boa noite a todos. Confesso que lá no Clube é um pouco mais fácil. Muito obrigado pela presença de todos. Agradecemos imensamente ao Dr. Gilberto Natalini, que preside esta cerimônia; ao Vereador Caio Miranda, que fez as apresentações; ao nosso querido Daniel Annenberg, Secretário Municipal de Tecnologia e Inovação. Quero agradecer aos ex-mentores presentes: Boris Ber, Cesar Bertacini, Nilson Arelo Barbosa; agradecer imensamente à minha Diretoria, agradecer ao Boris; ao Camillo, do Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo; ao meu querido Mario Jorge, representando o Sindicato das Seguradoras. Dizer que nós estamos muito honrados com mais essa homenagem e essa deferência ao Clube dos Corretores de Seguros.

Eu quero iniciar este agradecimento dizendo os nossos ilustres sócios fundadores: Abdon de Oliveira, Antônio D'Amélio, Benedito Dario Ferraz, Brasil Geraldo, Carlos Abreu Costa, Celso André, Cláudio Luiz Martins, Edgar César Portal Jorge, Geraldo Afonso Teixeira de Assumpção, Geraldo Resende de Matos, Henrique Elias, Hermínio Brandão, João Leopoldo Bracco de Lima, José de Almeida, José Quirino de Carvalho Tolentino, Leonídio Jorge Valente, Menotti Minutti Junior, Milton D’Amélio, Osvaldo Bevilacqua Festa, Oswaldo Montanini, Paulo Silveira, Petr Purm, Renato Rubens Guedes de Oliveira, Roberto da Silva Porto, Zenio Vergueiro Sampaio.

Esses vinte e cinco visionários corretores de seguros, atendendo a uma solicitação daquele momento que, na verdade, começa em 1968, na época do domínio do regime militar no Brasil, mas com algumas reuniões informais, em 1972, no dia 5 de outubro, oficialmente eles fundaram essa entidade que neste momento eu tenho a honra e o orgulho de presidir.

Quero dividir com vocês um pouco desse tempo que nós passamos e agradecer à Márcia, à nossa assessoria de imprensa, que fez esses levantamentos. A gente pode dizer que hoje é uma data muito especial para os corretores de seguros por que há exatos 45 anos esses 25 abnegados e corajosos corretores se juntaram para fundar o Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo. E por que corajosos? Porque a fundação do Clube ocorria em meio ao regime militar, período em que diversos sindicatos sofreram intervenções e não podiam se manifestar livremente. A restrição também atingiu o Sincor-SP, que se via impedido de ver seus associados para debater os problemas da classe. Portanto, no dia 5 de outubro de 1972, surgiu o Clube dos Corretores de Seguros para dar voz à nossa categoria.

É importante ressaltar que já no início do regime militar, entre 1964 e 1965 houve a tentativa de fundar o Clube dos Corretores. Nessa época o então presidente do Sincor de São Paulo, José Logullo, que era assíduo frequentador dos almoços do Clube dos Seguradores e Banqueiros de São Paulo, inspirado nessa agremiação, se juntou a Roberto de Souza Nazareth para criar a entidade, voltada ao congraçamento da categoria e ao debate de ideias. Mas ambos não obtiveram sucesso e morreram antes de concretizar esse objetivo. Felizmente outros levaram adiante esse ideal e fundaram o Clube dos Corretores de Seguros.

 Para se diferenciar de uma entidade sindical e driblar as restrições do regime militar, o clube optou por ser conduzido por um mentor, em vez de presidente, e adotou alguns símbolos para designar a função da sua Diretoria. O timão, que representa a liderança do Clube, é entregue ao mentor, o abacaxi ao secretário, a caixa de moedas ao tesoureiro e finalmente as lupas aos membros das juntas fiscalizadoras. Já o logotipo do clube dos corretores de seguros de São Paulo, revitalizado ao longo dos anos, representa os três elos que unem corretor, segurador e segurado. O primeiro mentor do clube dos corretores foi António Damélio, um dos fundadores que cumpriu a gestão de 1972-1974 e posteriormente a gestão 1978-1980. Ele dizia que o objetivo da fundação do Clube era de conquistar espaço para as reuniões da classe e consequentemente iniciar uma luta pelo reconhecimento da categoria.

Em 1972 havia predominância no mercado das seguradoras independentes, mas já começava a brotar a concorrência com o setor bancário. Uma das realizações do clube logo no segundo ano de existência foi o seminário sobre seguros, direcionado aos jornalistas, enfocando a importância do corretor de seguros. Um dos importantes capítulos da história do Clube ocorreu durante a posse do segundo mentor, José Francisco de Miranda Fontana, gestão 1974-1976. Exatamente no dia da sua posse, 7 de outubro 1974, ele precisou deixar de lado o seu discurso previamente preparado para se pronunciar sobre a publicação, naquele dia, do projeto de lei que propunha a mudança da Lei 4.594, que regulamentou a profissão do corretor de seguros, especificando que o exercício dos seguros poderia ser feito sem corretor até o limite de cinco salários mínimos. A notícia abalou a categoria, que se viu ameaçada de extinção.

O Prof. Fontana convocou a classe a iniciar uma luta contra esse projeto. Logo após o almoço de posse foi criada uma comissão, batizada de Comissão dos Quatro, da qual participaram: Prof. Miranda Fontanta; José Tolentino, então presidente do Sincor-SP; Paulo Geyneir, Presidente do Sincor-RJ; e Roberto Barbosa, Presidente interino do Sincor-MG. A Comissão dos Quatro, apoiada pela categoria, foi à luta, indo a Brasília para entregar ao Presidente Ernesto Geisel um memorial, ao saber que o projeto seguiria para aprovação. Miranda Fontana resolveu então procurar o seu amigo, Ministro da Indústria e Comércio, Severo Gomes. Este abraçou a causa e modificou o artigo 19 da Lei 4.594. A Comissão dos Quatro foi, então, o embrião da Federação Nacional dos Corretores de Seguros, Fenacor, que nasceu dentro do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo.

Outro grande feito do Clube dos Corretores foi a produção do Jornal dos Corretores de Seguros durante 14 anos, de 1979 a 1993. As seis primeiras edições do veículo foram produzidas pelo Sincor-SP, mas, em razão da falta de liberdade, imposta pelo regime militar, o Clube dos Corretores assumiu a publicação. Foi a mais importante do setor naquela época. O JCS, sob o comando do Clube dos Corretores, chegou a alcançar a tiragem de 30 mil exemplares. Ainda, tivemos uma edição bilíngue especial, por ocasião da reunião mundial de corretores, realizada em 1991.

Nos anos seguintes, o Clube teve presença ativa nos debates sobre os problemas que afetavam a categoria. Nas décadas de 1970 e 1980, havia uma proliferação de prepostos de corretores de seguros que colocava em risco a existência da categoria. Em sua gestão, Renato Guedes de Oliveira, gestão 1976-1978, idealizou uma campanha publicitária, que não foi executada, pelo alto custo, em defesa da profissão. O slogan era: “Se você faz seguro com uma pessoa não habilitada, você não está fazendo seguro. Está comprando uma preocupação”.

A presença dos bancos na atividade seguradora foi, sem dúvida, o maior motivo de debate entre os corretores nos anos 80. O mentor Eurico Lindenheim, gestão 1982-1984, lutou pela união da classe e incentivou o aperfeiçoamento profissional dos corretores durante a sua gestão.

A inflação disparou e causou o aviltamento das importâncias seguradas, afetando as corretoras de seguros. Na época, os rendimentos financeiros eram mais valorizados do que as técnicas de seguros.

Em meados da década de 1980, houve mudança de tarifa: de cruzados, passaram para OTN, e a formação da corretora do Banco do Brasil. O mentor Paulo Rubens de Almeida, gestão 1986-1988, encaminhou inúmeras correspondências de protesto às lideranças do setor e ao Governo. “Essa luta precisa da união de toda a classe para ser vitoriosa”, disse Paulo Rubens de Almeida. Ele também enfrentou a ameaça de desaparecimento da categoria com o artigo da Comissão de Sistematização Bernardo Cabral, que foi modificada na primeira fase, na votação da Constituinte.

A abertura que o fim da carta patente concedeu à mais aguardada regulamentação, por meio de lei complementar do artigo 192, da Constituição Federal, traria, na visão do mentor João Leopoldo Bracco de Lima, 1988-1990, o crescimento do mercado. Naquele período, havia 20 anos que o mercado não crescia e se mantinha na participação de menos de 1% do PIB. Para o mentor, o crescimento do mercado passava também pela queda da Circular 22, que autorizava descontos nos prêmios de seguro, incêndio e lucros cessantes, pela revisão tarifária, pela fiscalização da própria Fenacor, do registro profissional do corretor e pela criação do Conselho Nacional de Seguros.

A maioria dessas reivindicações permaneceu na pauta do Clube dos Corretores nos anos seguintes, mas na década de 1990 os bancos já não eram tão ameaçadores quanto se pensava para o mentor Milton D’Amélio, gestão 1990-1992. Por um lado, os bancos até ajudaram a aumentar a produtividade. A entrada em vigor do Plano Diretor do mercado de seguros em 1992, outra questão bastante debatida no âmbito do Clube dos Corretores, era vista com expectativa pelo mentor, apesar do receio provocado pela determinação do documento de rever a atuação do corretor de seguros.

A partir da década de 1990, o corretor de seguros se consolidou como o principal canal de distribuição de seguros do Brasil. É um dado importante, porque espera resultados de uma longa luta de mais de 20 anos, principalmente contra a atuação de bancos nas vendas de seguros.

Atualmente, até os grandes conglomerados financeiros têm os corretores como os principais parceiros. Especialmente para a venda dos seguros mais complexos, o mentor Luis López Vázquez, gestão 1992-1994, geriu o Clube. No início desse período, no artigo que escreveu em 1992 sobre “Computador e o Seguro”, ele já previa o benefício da tecnologia para a evolução do seguro, sugerindo o uso da informática para cruzar dados de segurados e de veículos e, com isso, reduzir os preços finais do seguro.

Lembrando-se daquele período, o mentor Henrique Elias, gestão 1994-1996, disse que o Clube era composto por boas cabeças preocupadas com o futuro da categoria. Ele disse que nenhum dos fundadores nunca imaginou que o Clube chegaria tão longe. Por isso, conclui que foi um trabalho bem feito, com muito esforço de todos.

Quando o mentor Nelson Fontana, gestão 1996-1998, assumiu o Clube dos Corretores de São Paulo, o resseguro ainda era monopólio, mas havia promessa de abertura. Ele conta que experimentou o encantamento pelo mercado internacional. Na época, havia pouca experiência internacional e não se sabia como o mercado funcionava. Por isso, Nelson Fontana organizou uma série de viagens de colegas do Clube para conhecerem o mercado europeu. Ele disse que foi uma experiência muito importante.

A venda de seguros pela internet foi um tema recorrente durante a mentoria de Pedro Barbato Filho, gestão 2000-2002. Havia a confiança do mentor e de seus pares de que o corretor continuaria como principal canal de vendas de seguros. De fato, isso ocorreu. Pedro Barbato Filho foi responsável também pela mudança da sede do Clube dos Corretores para um local mais amplo, confortável e com toda a infraestrutura para receber os associados em atividades profissionais.

O mentor Cesar Bertacini, gestão 2002-2004, acredita que os corretores devem se conscientizar da necessidade de mudanças de paradigma, de posturas, e principalmente de atitudes para enfrentar os desafios da profissão. Em sua gestão, o Clube teve participação ativa na conquista da redução do ISS para os corretores.

Para o mentor Boris Ber, gestões 2004-2006 e 2006-2008, o Clube foi uma semente muito importante para tudo que aconteceu no âmbito associativo, tais como os encontros e congressos que marcaram o mercado. Disse que as entidades representantes da categoria devem convergir dentro das suas individualidades e de forma coletiva e agregadora, unindo pensamentos, ideais e ferramentas para se construir e ajudar a categoria a se preparar para os desafios futuros, que não serão poucos nessa profissão.

Entre 2008 e 2010, o mercado passou por um período de mudanças, com a abertura do resseguro e a chegada de competidores estrangeiros. Também houve, nessa época, a forte expansão de crédito e a inclusão social, que ampliaram o mercado interno e abriram novas perspectivas. Nesse período, o mentor Nilson Arello Barbosa, gestões 2008-2010 e 2010-2012, promoveu inúmeros debates no âmbito do Clube dos Corretores. Um dos acontecimentos importantes, no final de sua gestão, foi a comemoração de 40 anos do Clube. Como parte das comemorações, foi produzida uma revista que contou a história do Clube. Foi realizada uma festa memorável. Ele disse: “Foi uma experiência de grandeza constatar o quanto o Clube é respeitado no mercado”.

Para esclarecer e informar os associados do Clube dos Corretores de Seguros, o mentor Alexandre Camillo, gestão 2012-2013, abriu os trabalhos de seu mandato com a discussão sobre os impactos do aumento da expectativa de vida na sociedade. Em sua visão, o mercado de seguros terá de aprender a construir produtos e argumentos para as grandes massas da população, que será de pessoas mais velhas. Sob o seu comando, o Clube melhorou a comunicação, com o novo site e newsletter mensal. Afastado da mentoria para concorrer à presidência do Sincor-SP, Camilo transmitiu o cargo para mim, seu sucessor, conforme previa o estatuto.

Na história recente do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo, sou o 19º mentor. A atual gestão tem se destacado pela inovação na temática dos eventos, trazendo seguradoras recém-chegadas ao mercado ou especializadas, além de empresas prestadoras de serviço.

A crise econômica e política levou o Clube a reunir as lideranças do mercado de seguros paulista em duas ocasiões, para discutir e analisar saídas. Entre temas inéditos, estão a reciclagem de peças de veículos e a crise nos seguros de automóveis.

Hoje, quando comemoramos a marca histórica de 45 anos, posso dizer que o Clube dos Corretores de Seguros construiu uma bela e vitoriosa história, por meio da dedicação e empenho de muitos. Precisamos preservar e compartilhar essa história com as novas gerações, para que sirva de exemplo e inspiração, além de uma forma de homenagear todos aqueles que dedicaram parte de suas vidas ao desenvolvimento dos corretores de seguros.

Especialmente, agradeço à minha Secretária Kátia, que tem sido o nosso anjo da guarda; a essa Diretoria, que não mede esforços para que estejamos sempre atualizando os nossos associados, trazendo o que tem de melhor no nosso mercado.

Parabéns ao Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo.

Muito obrigado a esta Casa por nos receber, mais uma vez, com esta magnífica homenagem.

Obrigado. (Palmas)

 

MESTRE DE CERIMÔNIAS – Informamos que, após o encerramento desta solenidade, será oferecido um coquetel de confraternização no Restaurante-Escola. Todos estão convidados.

Para o encerramento desta solenidade, tem a palavra o Sr. Presidente, nobre Vereador Natalini.

 

O SR. PRESIDENTE (Natalini – PV) – Cumprimos a nossa missão, conduzindo esta sessão solene de entrega de Salva de Prata em homenagem aos 45 anos do Clube de Corretores de Seguros de São Paulo. Uma sessão solene singela, porém de alta significação. Importante pelo tema que tratou, pelas pessoas que estão aqui, é também a Câmara reconhecendo o valor, a importância da categoria e também do Clube.

Agradeço a oportunidade de ter presidido esta sessão. Agradeço a presença de cada um dos senhores e das senhoras, em nome da Câmara Municipal e do proponente da sessão, Vereador Caio Miranda.

Não havendo mais nada a tratar, dou por encerrados os nossos trabalhos. Boa noite a todos.

Está encerrada a sessão.